Motivação é a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis
As camisinhas femininas são distribuídas gratuitamente nas 50 unidades do Centro de Testagem e Aconselhamento, CTA, existentes em Minas Gerais. Elas são uma das formas das mulheres prevenirem doenças sexualmente transmissíveis. E para que essa distribuição sem custo continue para quem a utiliza, foi dado um incentivo maior.
Os preservativos femininos deixarão de pagar imposto para entrar no Brasil. Resolução da Câmara de Comércio Exterior (Camex) publicada ontem (27 de maio) no Diário Oficial da União reduziu 10% para 0% o Imposto de Importação do produto.
“Eu nunca fico sem uma camisinha feminina seja na bolsa, na gaveta do criado. Até porque uma mulher prevenida precisa preocupar com si mesma antes de pensar no parceiro. Sem contar que meu namorado prefere que eu use a camisinha por ela ser mais cômoda e ainda evitar gravidez”, conta a gerente Fátima Silva.
Aos 29 anos, ela relatou ainda que além de fácil de usar, o preservativo é adquirido no CTA mensalmente. “Vou até lá com meu cartãozinho e busco as camisinhas”. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a redução do imposto sobre as camisinhas femininas foi motivada pela política de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis.
Segundo Roberta Silva, coordenadora do CTA em Araxá, no Alto Paranaíba, o número de mulheres com Aids é pequeno no município, enquanto que em homens tem aumentado entre aqueles com idade entre 20 e 39 anos. “Até dezembro de 2014, foram 151 casos de Aids registrados apenas no CTA, e os contaminados são, na maioria, heterossexuais, ao contrário do que as pessoas pensam. E os números concretos de 2015 chegam a 12 novos casos de janeiro até a primeira semana de maio. Os casos de sífilis também aumentaram muito”, esclarece.