Um dos produtos mais comercializados chega a custar R$ 7
Primeiro foi o tomate com o preço nas alturas. E agora, com o ajuste fiscal, a nova vilã dos sacolões é a cebola. Quando o assunto é mexer no bolso da dona de casa, não tem como esperar algo, além da reclamação. “Nossa caríssima. Muito alto, já não vou levar cebola, com certeza”, diz a gerente de vendas, Odete Bragança.
Nos sacolões e supermercados os preços variam de R$ 5,90 à R$ 6,99, cada quilo, sendo que em janeiro deste ano, o produto era comercializado a um valor máximo de R$ 2, nessa mesma quantidade.
A cebola, em suas formas diferentes, é usada para temperar produtos, dar sabor aos alimentos. Enfim é tão fundamental quanto o arroz e o feijão, mas o preço está muito alto. Até quem vende está assustado com a elevação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), já sinaliza o aumento do preço da cebola em maio de quase 18,33% em todo país.
A dona de casa Meire Oliveira ainda não sabe a técnica para não chorar quando precisa comprar o produto. “Eu já fui três dias seguidos no sacolão aqui perto de casa e cada vez que vou o preço está aumentando é mais”, disse ela que passou a usar sal, alho e ervas como salsinha e cebolinha para temperar os alimentos.
O reajuste exagerado é explicado. A safra ruim por causa das chuvas fez com a produção caísse entre os maiores produtores, aí, os estados compradores foram buscar em outros locais e constataram que a realidade é a mesma. Os produtores de cebola dizem que, a partir de julho, a oferta aumenta e os preços começam a diminuir. É pouca cebola para muita gente.