Expectativa é que fornecedores avaliem berços colocados no mercado
Ana Keyla Castro tem dois filhos: uma de quinze anos e outro de sete meses. Mas mesmo com as idades distintas, o cuidado é o mesmo. “Na época da Mariana os modelos de berços eram muito parecidos, de madeira, e eu com medo daquele pequeno bebê dormia com o berço colado na minha cama. Já agora com o Davi foi diferente, pesquisei e encontrei o berço que tem mais opções de baixar o colchão, com receio de que ele caia”, relata a mototaxista.
E para dar comodidade às mães e reduzir o número de incidentes com bebês nos berços, o Inmetro estabeleceu nova especificação para o tipo de cama. Cuidados esses que devem ser observados pelos pais também no ato da compra.
A portaria do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) estabelece que todo berço deve ter espaço de, no máximo, 30 milímetros entre as laterais ou extremidades e o colchão. A regra vale para produtos nacionais ou importados.
Segundo o Inmetro, no caso do não fornecimento do colchão com o berço, as dimensões apropriadas devem ser especificadas no manual de instruções. “Hoje em dia os berços são mais modernos e antigamente o berço era estreito. A mãe não tinha jeito nem de trocar a criança. Agora os fabricantes pensam mais nisso, e a cama para bebês passou a ser mais do que isso, elas transforma em cama quando a criança cresce e até em sofá-cama”, conta a gerente de loja de artigos infantis, Maria Souza.
De acordo com a portaria, não há prazo para as empresas se adaptarem. Para o instituto, a expectativa é que os fornecedores avaliem se os berços colocados no mercado atendem ao requisito aprovado e, caso contrário, recolham o produto. A fiscalização será feita pelos institutos estaduais de Pesos e Medidas, que poderão punir a irregularidade com multa e apreensão do produto.