Atletas fizeram filantropia doando cestas básicas
Por Janaína Silva
Um grupo de amigos flamenguistas e atleticanos reúne sempre em dezembro para confraternizar e bater uma bolinha. Mas o evento criado por essa turma já é mais do que uma reunião festiva.
“Para gente é muito gratificante porque nós sempre jogávamos futebol realmente, era Atlético contra o Flamengo, mas esse ano conversamos, e resolvemos mesclar. Na edição deste ano trouxemos alguns amigos para jogar uma bola e, coincidentemente ocorreu com a tragédia da Chapecoense, então assim a gente fica louvado porque estamos num momento certo de fazer uma coisa, apesar da grande tristeza por aquele acontecimento”, diz Rogério Antonio Soares, coordenador da iniciativa.
A camiseta especial é metade de cada time, a união da turma expressada nas cores vermelho e preto, e branco e preto. E entre os convidados especiais Raul Cesar Oliveira, que relatou que não jogava bola há vinte anos. “Meu filho me convidou e eu vim, foi muito bom bater uma bolinha com essa turma, apesar do cansaço após o jogo, porque eu não jogava bola há muitos anos, valeu muito a pena”.
Marcus Vinicius Porto Alves é educador físico, araxaense que mora no estado do Pará, e nas férias vem à terra natal manter essa tradição. Ele é o criador do Futebol onde não há rivalidade e sim, muita amizade.
“Oitenta por cento da minha família é atleticana, maioria mora fora, e sempre tem aquelas brincadeiras da rivalidade entre Atlético e Flamengo que é muito grande, e a gente sempre reunia final de ano e ficava aquela brincadeira. Um certo dia lancei o desafio para os meus primos para fazer esse jogo no final de ano, e assim iniciamos dessa forma”, contou.
E como a família é em sua maioria Atleticana e o Marcus, conhecido Marcão, é flamenguista, convidou os amigos que, como ele, torcem para o time rubro negro, para fazer parte da turma. “É um grupo de amigos mais próximos, que são quase irmãos mesmo, e nós decidimos que era importante não ficar só entre nós, e procuramos ajudar o próximo, foi aí que surgiu a ideia de fazer o futebol solidário também. Arrecadamos alimentos dos participantes, este ano foram cerca de quinze cestas básicas”, relatou Marcus.
A entidade escolhida para receber as doações foi o Recanto do Idoso Asilo São Vicente de Paulo.
