Minas Gerais completa em 2017 duas décadas registro da doença
O Brasil está na etapa final do Plano de Erradicação da Febre Aftosa. Apenas três estados ainda não apresentaram atestado que comprova a eliminação da doença. A informação é do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Uma das etapas do processo envolve mudanças na vacina contra a febre aftosa. Em 2018, ela deixa de ser trivalente, contra os vírus A, C e O, e passa a ser bivalente, com a retirada da proteção contra o vírus C. A ideia é remover de forma gradativa o produto do mercado.
A expectativa é de que até 2020, com o reconhecimento da erradicação pela Organização Mundial de Saúde Animal, a vacina contra a febre aftosa deixe de ser aplicada em bovinos e bubalinos do país. O diretor do Departamento de Saúde Animal do MAPA, Guilherme Marques, diz que risco zero com o fim da vacinação é algo inexistente, mas que as avaliações apontam para um perigo mínimo.
Guilherme Marques destaca que poder deixar de vacinar os animais contra a febre aftosa tem uma importância muito grande para o Brasil.Segundo ele, isso representa a excelência sanitária animal. Ou seja, atesta, entre outros pontos, bons resultados em relação à saúde pública e ao bem-estar animal e controle de riscos.Além disso, o fim da vacinação desonera o produtor, que vai poder empregar o dinheiro gasto com a vacina em outras áreas.
Minas Gerais
A vacinação é obrigatória e é a única forma de se proteger os animais contra a doença. O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), órgão responsável por supervisionar e fiscalizar a vacinação do rebanho no estado, estima que foram vacinados na última etapa, em novembro de 2016, cerca de 9,8 milhões de animais. Minas Gerais caminha para completar, em 2017, duas décadas sem registrar focos de febre aftosa. Com isso, o estado mantém o status obtido junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de área livre de febre aftosa com vacinação.