Medida é necessária não só a quem vai viajar de férias, mas como estratégia de imunização para diversas doenças
Janeiro é sinônimo de férias para muitas pessoas. E para quem vai poder usufruir o tempo livre em outra cidade, é preciso estar atento ao cartão de vacinação antes de viajar.
Há destinos, principalmente internacionais, que exigem o Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP) logo na chegada ao país. Portanto, além de ser uma garantia de imunidade para muitas doenças, é sempre importante estar com o cartão atualizado.
Para a coordenadora de Imunização da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Eva Lídia Medeiros, o cartão de vacinação tem que ser guardado como um documento, tão indispensável quanto o CPF, RG ou título de eleitor.
“Caso a pessoa não esteja de posse do cartão de vacinação, por motivo de perda ou dano, é recomendado que procure o serviço de saúde em que costuma vacinar-se ou que faça parte de seu território de abrangência. Se não houver registro das doses aplicadas, a recomendação é se vacinar novamente”, reforçou a coordenadora.
Para quem for viajar nessas férias, vale checar se estão em dia as três categorias de vacinação: as próprias do Calendário Nacional de Imunização; as que são exigências internacionais e as vacinas que são necessárias devido a diferenças epidemiológicas entre países e entre os estados brasileiros. Confira mais informações sobre a saúde do viajante no site: www.saude.mg.gov.br/viajantesaudavel.
Alerta permanente
Uma das principais vacinas, exigidas principalmente depois do surto da doença no último ano, é a da Febre Amarela. Reconhecida como uma das vacinas mais e eficazes e seguras, ela confere imunidade em 95% a 99% dos vacinados e tem sido utilizada para a prevenção da doença desde 1937.
“Em humanos, a melhor evidência da eficácia vacinal está baseada no acompanhamento da situação epidemiológica, que demonstra a redução na incidência de casos após a introdução da vacina”, explicou o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde, Rodrigo Said.
Em 2017, até o dia 11 de dezembro, foram confirmados 585 casos de Febre Amarela no Estado. Para o enfrentamento da doença, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a vacina por meio do Calendário Nacional de Vacinação nas Unidades Básicas de Saúde. Atualmente, a cobertura vacinal acumulada de Febre Amarela no Estado de Minas Gerais está em torno de 81% e a meta é alcançar 95%. Saiba mais sobre a doença em: www.saude.mg.gov.br/febreamarela.
Mudanças na Vacinação
O Ministério da Saúde, órgão responsável pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), divulgou recentemente algumas mudanças no Calendário Nacional de Vacinação para o ano de 2018. As alterações estão válidas desde o dia 1º de janeiro e abrangem toda a população, sendo ela constituída por crianças, adultos, idosos ou povos indígenas.
Uma das principais mudanças diz respeito à vacina da Febre Amarela. Devido à expansão da área de circulação do vírus e após a análise do cenário epidemiológico pós-surto da doença, o Ministério da Saúde identificou a necessidade de ampliar as áreas com recomendação de vacinação para os residentes ou viajantes, de nove meses a 59 anos de idade. As novas áreas com recomendação para vacinação podem ser consultadas pelo link: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/febre-amarela.