Sinplalto define reajuste salarial e plano de cargo e salário como metas para 2014
O segundo ano de negociação salarial do Funcionalismo Público Municipal de Araxá deverá ser ainda mais intenso, segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araxá e Região (Sinplalto).
O reajuste salarial para toda a categoria e a elaboração do plano de cargo e salário são as principais metas do sindicato em 2014. Somado só os últimos três anos, a defasagem salarial do quadro geral dos servidores araxaenses já chega a 29, 74%.
De acordo com o presidente do Sinplalto, Hely Aires, a situação salarial dos servidores é caótica. “Quem ganha acima de um salário mínimo está vendo sua remuneração ser achatada. Claro que existe algumas bonificações que acabam encobertando essa defasagem. Mais temos que entender que abono natalino e pagamento por produtividade, por exemplo, são conquistas da categoria. Não pode substituir o reajuste anual, pois tem prejudicado muito o trabalhador.”
O salário mínimo que antes era de R$ 678 foi para R$ 724, reajuste de 6,78%, equivalente a R$ 46, a medida passou a ser vigorada a partir do dia 1º de janeiro, em todo o Brasil.
Em 2012, o reajuste do salário mínimo foi de 14,13% (R$ 545 para R$ 622). Em 2013, o reajuste totalizou 8,83% (R$ 622 para 678). Até 2015, o salário mínimo será reajustado com base na Lei n° 12.382, de 25 de fevereiro de 2011.
Pela regra, a cada ano, o aumento do salário mínimo corresponderá à variação do Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado mais a inflação do ano anterior medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 48 milhões de pessoas têm o rendimento atrelado ao salário mínimo e esse valor representa a maior relação de poder de compra desde 1979.
De acordo com informações da Agência Brasil, o novo valor deverá trazer um impacto de R$ 12,8 bilhões nas contas da Previdência Social. Segundo Hely, a defasagem real do salário do funcionalismo araxaense preocupa.
“Em 2009, inicio do governo Jeová, falávamos que a defasagem salarial era cerca de 30%. As pessoas questionavam, falavam que o prefeito não poderia assumir essa herança de governo anteriores, que necessitava de um planejamento. O prefeito anunciou o pagamento por produtividade, que seria realizado gradativamente por setores. Mas na verdade, esse pagamento foi realizado somente para alguns servidores, sem regras, sem planejamento e sem acompanhamento do sindicato. Hoje, a defasagem salarial é para o quadro geral do funcionalismo público é enorme. O salário mínimo teve um aumento significativo nos últimos 5 anos, saltando de R$ 465 para R$ 724. Algumas categorias, que tem estipulado a nível federal um salário base, tiveram reajuste no governo Jeová. A Educação por exemplo, foi contemplada na Data-Base 2013. Nesses casos a defasagem nos últimos 5 anos é um pouco menor, mas ultrapassa os 30%.”
Os números demonstram qual deve ser a principal meta do Sinplalto em 2014. “O nosso objetivo em 2014 é uma negociação de Data-Base para contemplar o quadro geral do funcionalismo público. Os números estão escancarados para quem quiser ver. A defasagem salarial é enorme. Temos alguns projetos para 2014, mas a nossa principal meta é reduzir essa defasagem salarial através de um plano de cargo e salário eficiente e um reajuste imediato”, destaca o presidente do Sinplalto.
C/ Ascom