Doença é considerada pelos especialistas como infecciosa, febril e aguda; em 2013 foram notificados 113 casos da doença e 15 óbitos
A leptospirose é uma doença potencialmente grave, sobretudo em períodos chuvosos. É caracterizada pelos especialistas como infecciosa, febril e aguda. Causada por uma bactéria, ocorre no mundo inteiro, exceto nas regiões polares, e pode acometer qualquer pessoa.
“O principal reservatório é constituído pelos roedores domésticos. Ao se infectarem, não desenvolvem a doença e tornam-se portadores, abrigando a leptospira nos rins e eliminando-a viva no meio ambiente, contaminando, desta forma, água, solo e alimentos. Outros reservatórios de importância são caninos, suínos, bovinos, equinos, ovinos e caprinos. Os seres humanos são apenas hospedeiros acidentais e terminais dentro da cadeia de transmissão”, explica a especialista da Secretaria de Estado de Saúde, Mariana Gontijo.
Em 2013 foram notificados 113 casos da doença e 15 óbitos. Por isso, é importante esclarecer a população sobre como a leptospirose é adquirida e como pode-se evitá-la. Acesso facilitado aos serviços de saúde para diagnóstico e tratamento, melhoria na infraestrutura básica das cidades, como redes de esgoto, drenagem das águas pluviais, remoção adequada do lixo e eliminação dos roedores são fatores que contribuem para evitar a doença.
Quando ocorrem inundações, deve ser evitado contato desnecessário com a água e a lama. Se a residência for inundada, deve-se desligar a rede de eletricidade para evitar acidentes. A limpeza domiciliar deve ser feita com o uso de calçados e luvas impermeáveis.
“No homem pode apresentar manifestações clínicas variadas, desde infecções inaparentes, até formas graves, com alta letalidade”, alerta Mariana Gontijo. A especialista ainda explica quais são os principais sintomas: “febre de início súbito, mialgias, dor de cabeça, mal-estar ou prostração, associados à conjuntivite, náuseas, vômitos, calafrios, alterações do volume urinário, icterícia, hemorragias, alterações hepáticas, renais e vasculares ou anictérica grave”.
C/ Ascom