A ideia é de Afonso Borges, que mantém o Mondolivro, um cluster que reúne todo o seu trabalho, tendo a literatura como cerne
Escritores e escritoras estão enviando uma foto e escrevendo um pequeno texto para publicação no Mondolivro, cluster de Afonso Borges. Eles narram sobre seu processo de criação, suas lembranças e como estão se adaptando a este novo cenário, de quarentena, para atender à recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para conter a disseminação do Coronavírus.
Muitos autores se disponibilizaram a mostrar seus ambientes de trabalho, na campanha #AutorEmCasa, criada para ser exibida nas redes sociais do Mondolivro, proporcionando que o leitor mantenha uma proximidade com o autor. Do Rio de Janeiro, por exemplo, Sérgio Abranches escreveu: “Aqui, no fundo de casa, tenho o escritório e a biblioteca. É onde passo a maior parte do dia e escrevo. Na biblioteca — que agora virou um mini-estúdio de TV para Míriam (Míriam Leitão) entrar remotamente na Globo e na Globonews — tem um cantinho com mesa de trabalho e uma janela que dá para o morro Dois Irmãos, também escrevo lá. E na varanda de casa fizemos outro local para escrever, também com vista para o Dois Irmãos. Lá escrevo nos finais de semana.”
O jornalista e escritor Zeca Camargo, junto com a foto enviou: “Há que se ter janelas para escrever, abertas, pra que as ideias possam sair, rodopiar, eventualmente se perder, e, se forem o caso, voltar exatamente por onde se foram. Um ciclo infinito.” Alberto Villas, autor de “Admirável Mundo Velho”, diz: “Alguns chamam de escritório, mas eu, no íntimo, sei que é o museu de mim mesmo. É aqui que escrevo reportagens, crônicas, livros e alimento o meu blog. Não importa se de manhã, de tarde ou de noite. Ah… o computador fica ao lado.” E Carlos Herculano Lopes, de Belo Horizonte, com saudosismo conta: “Não escuto mais, no meu canto de trabalho, o barulho da velha máquina Remington, na qual, há quarenta anos escrevi meu primeiro livro, e outros mais. Mas no quase silêncio do teclado do computador, no meu canto de trabalho, continuo a produzir meus textos, a me conectar com o mundo, ou então me exilar dele. O que só é possível aqui, no meu canto de trabalho, onde, talvez ilusoriamente, ás vezes experimento uma total sensação de liberdade e paz.”
A ideia é de Afonso Borges, que mantém o Mondolivro, um cluster que reúne todo o seu trabalho, tendo a literatura como cerne. Há um programa de rádio, redes sociais e um site, que exibe tudo o que é produzido de inédito e exclusivo para este canal e também aponta para o Sempre Um Papo, projeto que existe há 34 anos, e para o Fliaraxá – Festival Literário de Araxá- que em 2020 estará em sua 9a. edição.⠀
Confira mais sobre a campanha #AutoresEmCasa em:
Instagram/ Facebook e Twitter: @mondolivro
Site: www.mondolivro.com.br