A falta de estrutura das associações e cooperativas de reciclagem no município prejudicou muito o trabalho de coleta seletiva realizado em Araxá
Condições dignas de trabalho. Catadores de materiais recicláveis passaram os últimos anos sem qualquer estrutura para realizar o serviço de coleta seletiva em Araxá. Mas, há seis meses a realidade começou a mudar. Em uma inédita parceria com o Município, as associações e cooperativas iniciaram o processo de reestruturação para viabilizar suas atividades.
O prefeito Robson Magela visitou as entidades contempladas com o convênio – Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Araxá (Reciclara), Associação de Catadores de Papel, Plástico, Metal e Vidro (Foco Ambiental), Associação Amigos Catadores de Materiais Recicláveis de Araxá (Dona Beja), Cooperativa de Trabalho dos Produtores de Materiais Recicláveis (Cooperare) para acompanhar de perto o trabalho realizado.
A falta de estrutura das associações e cooperativas de reciclagem no município prejudicou muito o trabalho de coleta seletiva realizado em Araxá, que já foi referência nacional para diversas cidades do país. Por falta de apoio, investimento e conscientização, surgiram diversos pontos de depósitos de resíduos na cidade. Após a reestruturação das entidades, o objetivo é melhorar o serviço e promover campanhas de conscientização. O descarte correto dos resíduos contribui com a diminuição da poluição, gera economia no consumo de energia e água e diminui gastos com a limpeza urbana.
De acordo com o prefeito Robson Magela, o primeiro passo para que Araxá volte a ser referência na coleta de materiais recicláveis foi oferecer condições dignas de trabalho aos catadores. “Esse foi um compromisso que fizemos com esses trabalhadores e com a população. Hoje, todas as quatro associações têm condições de realizar um trabalho melhor e gerar renda aos seus cooperados. Agora, o nosso objetivo é organizar ainda mais o trabalho e promover campanhas de conscientização com a população”, destaca o prefeito.
Catadora há vários anos, Reilda Maria, da Foco Ambiental, conta que antigamente eles não tinham condições dignas de trabalho e que hoje tudo ficou mais fácil. “Há muito tempo a gente vivia desprezado, sem ninguém para dar a mão para gente. E hoje a gente tem isso tudo e muito mais. Esse auxílio da prefeitura foi muito importante para nós, pois agora estamos debaixo de um teto, não estamos mais no sol, chuva, no tempo. Hoje temos a oportunidade de trabalhar com dignidade, coisa que a gente nunca teve”, destaca.