Equipamentos estão recebendo sistema de votação, dados de candidatos e eleitores e a mídia de gravação de resultados
As 55.435 urnas que serão utilizadas em Minas Gerais nas Eleições 2022 já estão sendo preparadas para o 1º turno das Eleições 2022, que acontece no dia 2 de outubro. Servidoras e servidores das 304 zonas eleitorais de Minas Gerais estão trabalhando nessa atividade, essencial para garantir que os mais de 16 milhões de mineiros possam exercer o direito ao voto. O trabalho também conta com o apoio de servidores cedidos por outros órgãos públicos.
Durante o procedimento de carga, as urnas recebem o sistema de votação, dados de todos os candidatos e das eleitoras e eleitores. Também é inserida a mídia de resultados, onde serão gravados os votos registrados em cada urna.
Após a carga, são feitos testes de funcionamento: teclado, vídeo, áudio, impressora e sistemas. Algumas urnas são selecionadas para serem submetidas a uma votação simulada, com os candidatos reais. É mais uma etapa para checar que tudo está funcionando direitinho.
Por último, as urnas recebem oito lacres. São eles que garantem que os equipamentos ficarão invioláveis até o dia da votação. No dia da eleição, em cada seção eleitoral, todos esses lacres são verificados pelos mesários antes do início da votação. Se algum deles estiver danificado ou violado, a urna é substituída por uma de reserva, que também passou pelo mesmo processo de preparação.
Todas as urnas eletrônicas a serem utilizadas em Minas Gerais ficam armazenadas em locais com vigilância 24h. Elas serão distribuídas para os locais de votação na véspera ou na madrugada do dia da eleição.
Em Belo Horizonte, a carga das urnas começou no dia 17 e termina no dia 23 de setembro. Nos demais municípios do estado, a preparação das urnas será concluída até o dia 25. Cada zona eleitoral tem o seu cronograma de trabalho.
Fiscalização
Diversas entidades acompanham o procedimento de carga das urnas, como o Ministério Público, partidos políticos e missões de observação credenciadas pelo TSE, entre outras. Em Belo Horizonte, já houve visita de representantes da Transparência Eleitoral Brasil e Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, por exemplo.
No dia 18 de setembro, dois cidadãos que se inscreveram para as visitas guiadas organizadas pelo TRE-MG estiveram no local onde acontece a carga das urnas da capital mineira. O analista de tecnologia da informação Rodrigo Muniz disse que nunca teve dúvidas quanto à lisura do processo eletrônico de votação. “Eu sempre tive tranquilidade com relação a isso, porque são muitos pontos de observação por várias instituições. Mas foi muito interessante conhecer o processo, a estrutura e a parte tecnológica da preparação das eleições”, ressaltou.
Na terça-feira (20), os desembargadores Maurício Soares e Octavio Boccalini, presidente e vice-presidente/corregedor do TRE-MG, visitaram o ambiente onde acontece a carga das urnas da capital mineira. O presidente do Tribunal ajudou a dar carga em uma urna. Logo após, falou sobre a preocupação, nessa reta final de organização das eleições, “com o enfrentamento à desinformação e defesa da retidão do processo eletrônico de votação. Tenho a convicção de que está tudo bem preparado e mais uma vez vamos comprovar a segurança das eleições brasileiras”.
O juiz Carlos Donizetti Ferreira, diretor do Foro Eleitoral de Belo Horizonte, recepcionou os desembargadores e também ressaltou a confiabilidade do processo eletrônico de votação, lembrando que “Usamos as urnas há 26 anos e em nenhum momento foi detectado qualquer tipo de problema que afetasse os resultados”.
Também participaram dessa visita o procurador regional eleitoral, Eduardo Morato; a juíza auxiliar da Vice-Presidência e Corregedoria, Roberta Fonseca; a diretora-geral do TRE, Glória Araújo; e a secretária da Corregedoria, Cassiana Viana.