Sindicalista Hely Aires afirma que parque incorporado ao Iprema prejudicará aposentados
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Araxá e Região (Sinplalto) quer investigação na desapropriação do Parque do Ganso que será realizada pela Prefeitura de Araxá, no Alto Paranaíba, por R$ 3,5 milhões.
O Sindicato protocolará uma denúncia a Promotoria de Defesa do Patrimônio Público da Comarca de Araxá apontando indícios de irregularidades no projeto anunciado pelo prefeito Jeová Moreira da Costa na última sexta-feira, 23, no programa semanal “O prefeito com Você”.
O presidente do Sinplalto, Hely Aires, afirma que políticos estão aproveitando a instabilidade política para fazer “farra” com dinheiro público e que clube incorporado ao Instituto de Previdência Municipal de Araxá (Iprema) prejudicará servidores aposentados, futuros aposentados, e o patrimônio do instituto.
O prefeito Jeová disse que desapropriará o Parque do Ganso, localizado às margens da rodovia BR-262, para executar um projeto que lhe foi apresentado pelo vereador Marcílio da Prefeitura (PT), que prevê naquele local o funcionamento do Clube do Servidor, que será destinado ao lazer do funcionalismo público municipal.
De acordo com o prefeito, o Clube do Servidor será incorporado ao patrimônio do Instituto de Previdência Municipal de Araxá (Iprema). O chefe do Executivo disse que assinaria imediatamente o decreto de desapropriação do Parque do Ganso. Hely ressalta que existem indícios de irregularidades no projeto de desapropriação.
“A desapropriação do Parque do Ganso para ser uma obsessão da administração municipal e dos vereadores da base aliada na Câmara. Tentaram tomar a Associação dos Servidores da Prefeitura de Araxá (Aserpa) dos servidores para realizar esse projeto, mas foram incompetentes e não conseguiram realizar a inscrição da chapa dentro do prazo previsto no edital. Com o processo de cassação do prefeito Jeová estão desesperadamente tentando a desapropriação do Parque do Ganso. Qual a explicação para esse projeto? Quantos milhões serão gastos na reforma do parque? Aquele local vale realmente R$ 3,5 milhões? Existem inúmeras perguntas que devem ser respondidas. Estão fazendo farra com o dinheiro público”, afirma.
O sindicalista destaca que o Ministério Público deve aumentar a fiscalização das ações realizadas pela administração municipal durante o momento de instabilidade política. “A forma como esse projeto foi anunciado e rapidez em desapropriar o local é no mínimo suspeito. Todo dia temos visto na mídia, notícias de desvio de dinheiro público e corrupção. Uma investigação deve urgentemente ser feita para que não fiquem dúvidas de qualquer irregularidade. Clube não é necessidade do servidor. Quer fazer algo em benefício à categoria? Então encaminha um projeto de reajuste salarial ao funcionalismo público. A defasagem salarial já chega a 30% só nos últimos cinco anos. Isso é um direito do servidor, que não é cumprido pelo prefeito Jeová. O problema é que aumento salarial não deixa possibilidades para Benefícios próprios e, por isso, não é prioridade para a administração municipal.”
Hely acrescenta que a incorporação do Parque do Ganso ao Iprema prejudicará os servidores municipais. “Há quantos anos o Parque do Ganso está desativado? Se fosse um bom negócio não estava a tanto tempo abandonado. Quantos clubes sociais estão com dificuldades financeiras na região? A administração de um clube vai gerar despesas ao Iprema. O Instituto não tem condições financeiras e nunca terá de arcar com os custos de um clube social. Esse projeto do prefeito Jeová significa falir o Iprema, significa a morte do instituto de previdência do funcionalismo público. Esse projeto é um absurdo, uma irresponsabilidade imensa. O Sinplalto tentará de todas as formas impedir que esse projeto seja realizado. O Iprema é a segurança do servidor público, é a aposentadoria do funcionalismo público. Clube social não é prioridade do servidor municipal. Quer beneficiar a categoria, pague a defasagem salarial dos últimos cinco anos, que é de 30%”. Queremos aumento salarial, plano de saúde de qualidade e um vale alimentação digno para um trabalhador, afirma o sindicalista.
C/ Ascom