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“Franca expansão”: Ministro da Agricultura fala sobre a Expoqueijo e o mercado de lácteos no país

Carlos Fávaro também apontou esforços para que os queijos brasileiros possam se tornar, de fato, produtos de exportação

Principal evento do segmento no país, a ExpoQueijo Brasil 2023 – Araxá International Cheese Awards – tem reconhecimento e participação do Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Neste ano, o evento vai envolver dois mil produtores de todo o país, julgar e comercializar mais de quatro toneladas de queijo e envolver cerca de 300 mil pessoas, entre os dias 24 e 27 de agosto na cidade mineira de Araxá.

A Expoqueijo impacta nas áreas de turismo, varejo, agropecuária, logística, indústria alimentícia e de suprimentos e relações internacionais. Em entrevista, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, comentou sobre o momento do queijo no país, as perspectivas para a exportação e sobre o evento, que demonstra a expansão do segmento.

Como o Ministério da Agricultura e Pecuária tem visto este movimento de qualificação e profissionalização do setor queijeiro?

O Mapa sempre atuou para que todos os setores do agronegócio possam se tecnificar e profissionalizar. Essas etapas são de extrema importância para que se possam obter produtos seguros e que atendam às exigências sanitárias, de qualidade e de identidade. Esse atendimento é o que permite ao Mapa discutir e almejar novos mercados consumidores, além de garantir ao consumidor brasileiro a segurança do alimento.

Como estão os esforços para que os queijos brasileiros, já amplamente premiados fora, possam se tornar, de fato, produtos de exportação e que possam participar legalmente de concursos internacionais?

Para o atendimento das exigências sanitárias mundiais faz-se necessário observar os padrões mínimos exigidos para o funcionamento dos estabelecimentos produtores, para a obtenção do SIF. Atualmente a participação é feita apenas como “amostras” ou exceções. Toda regra sanitária e de exigências estruturais são baseadas em acordos bi ou multilaterais que trazem as condições dos países para a permissão do ingresso de produtos, salvaguardando sua população e sua condição de saúde animal. Os acordos e discussões com os diversos países são realizados de forma a demonstrar a equivalência do serviço de inspeção federal com os serviços oficiais dos países, fazendo com que seja necessário que os estabelecimentos brasileiros tenham a condição de obter o selo do SIF.

Há outras questões relacionadas ao queijo em discussão atualmente?

Na área de lácteos as discussões são constantes, seja no desenvolvimento de regulamentos de identidade e qualidade, em suas revisões ou mesmo na inclusão de novas tecnologias de produção. Mesmo no tratamento das agroindústrias e daqueles estabelecimentos artesanais, tudo é revisado e trabalhado para que aqueles que possuam condições estruturais e higiênico-sanitárias adequadas possam acessar todo mercado nacional.

A ExpoQueijo Brasil, em Araxá (MG), tem o apoio do Ministério da Agricultura. Como o senhor vê o crescimento deste evento?

Todo setor do agronegócio vem em franca expansão e não poderia ser diferente com os queijos. Temos excelentes produtores e produtos que estão sendo disponibilizados à sociedade em geral, sendo que o Mapa busca ampliar esse mercado para nossos produtos.

Qual a mensagem que o Ministro quer passar aos produtores e à cadeia do queijo que participa do evento?

Aos produtores, deixamos a mensagem de que o Mapa sempre olha a todos com atenção, sem deixar de lado o cuidado para a manutenção da equivalência do serviço oficial junto a todos os países do mundo. Esse equilíbrio é sempre pauta da gestão para conseguir ampliar mercados, sem perder a segurança e as condições sanitárias dos produtos brasileiros.

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