Segundo PRF, esse tipo de prática é a principal causa das colisões frontais
Desde o dia 1º de novembro, a imprudência nas estradas passou a pesar mais no bolso do motorista. As multas para quem fizer ultrapassagens perigosas vão chegar a R$ 2 mil. Agora é assim: quem tem pressa ao volante, vai pagar mais caro pela imprudência. A multa por ultrapassar pela contramão na faixa contínua, que era de R$ 191,54, passa para R$ 957,70.
Se o motorista cometer a mesma infração no prazo de um ano, o valor dobra. Ultrapassar pelo acostamento: quase R$ 1 mil. A multa por forçar a ultrapassagem vai ficar dez vezes mais cara: quase R$ 2 mil, mais a suspensão do direito de dirigir por até um ano.
E esse reajuste no valor das multas tem uma justificativa forte. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirma a ultrapassagem proibida como a principal causa das colisões frontais, que são os acidentes que mais matam. Neste ano, em Minas Gerais, até agora, 40% das mortes em todas as rodovias federais foram provocadas por ultrapassagens irregulares.
Mas a PRF está na cola dos apressadinhos e promete ainda mais rigor nas fiscalizações. De acordo com o chefe de policiamento em Araxá, que cuida de trechos no Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba Denivaldo dos Santos, o trabalho tem sido feito desde o dia 1º de novembro.
“Temos o chamado dia a dia do policial, que é quando ele chega à base e lá já está uma ordem de serviço. Duas equipes se revezam no trabalho de fiscalização diário. Nossa viatura desloca e começa o intenso trabalho que vai das 9h às 12h. Queremos com isso coibir a pratica irregular por parte dos condutores”.
Entre os dias 9 e 14 de novembro uma grande operação será realizada nas cidades de Araxá, Campos Altos e Bom Despacho. Três viaturas, com dois policias e um radar, serão instalados nos pontos mais críticos da BR 262, como por exemplo, o quilômetro 582, onde ocorre a maior concentração de acidentes na região.
A ação está sendo feita em todo estado de Minas Gerais e promete combater o desrespeito no trânsito. Ainda de acordo com o policial rodoviário, só mexer no bolso do motorista pode não ser suficiente. “Não adianta a gente ter multas com valores significativos se a gente não tiver um contingente de policial, guarda municipal, para poder fazer essa lei valer e punir as pessoas que cometem as infrações”, defende.