Governador Fernando Pimentel obtém ajuda da União para intervenção que vai aumentar captação no reservatório do Rio Manso
O governador Fernando Pimentel recebeu o apoio da presidenta Dilma Rousseff para execução, ainda neste ano, de obra emergencial para enfrentar a falta de água no Estado. Em reunião com a presença do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a presidenta garantiu ajuda federal para aumentar a captação de água na bacia do rio Paraopeba, obra que deverá estar concluída até novembro.
“É uma obra emergencial, que vai aumentar a captação de água em reservatório do Rio Manso em 4 a 5 metros cúbicos por segundo. Mas para atravessar o ano, é preciso reduzir o consumo principalmente na região metropolitana”, afirmou o governador, lembrando que outras medidas poderão ser tomadas ao longo de 2015. “Nossa meta é uma redução de 30%. Se isso não for suficiente, vamos para o rodízio. E se ainda assim não for suficiente, vamos para o racionamento”.
O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, afirmou que equipes técnicas do governo federal e do governo estadual vão analisar qual será a melhor forma de participação para a execução da obra.
“O projeto final está em elaboração, por isso ainda não tem um valor definido, mas será feito um aditivo a contrato de PPP já existente, incluindo medidas para aumentar a vazão do reservatório”, disse.
O governador destacou que o problema já deveria ter sido enfrentado pelo Estado desde o ano passado. “A Agência Nacional de Águas fez dois alertas à Copasa, em agosto e setembro, mas isso não foi levado em consideração pela empresa. A população mineira não foi comunicada da gravidade da situação. Algumas medidas poderiam ter sido adotadas em meados do ano passado e não foram. Vão ter que ser adotadas agora com atraso e, portanto, mais intensidade”, disse Pimentel.
Para o governador, o cenário crítico estava desenhado desde o ano passado. “Em janeiro de 2014 os reservatórios estavam com 70% de sua capacidade. Hoje este índice caiu para 30%. Estava muito claro que algo poderia ter sido feito para amenizar o problema”.
O governador afirmou ainda que outras obras de longo prazo serão executadas para atender o consumo do Estado até 2050. “Vamos construir mais um novo sistema de abastecimento na Região Metropolitana. Mas são obras que demoram três quatro anos. Hoje o que precisamos é reduzir o consumo e implantar medidas emergenciais”.
Agência Minas