Eles fizeram uma primeira movimentação no Centro de Araxá nessa quarta e marcaram assembleia para sexta
Uma primeira mobilização dos bancários de Araxá foi realizada no Calçadão da Rua Presidente Olegário Maciel, na manhã dessa quarta feira (18), reunindo diversos funcionários em um alerta aos banqueiros para uma adesão a greve nacional da categoria que começa nessa quinta feira (19), nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Na região, segundo José Roberto Alves, presidente do Sindicato dos Bancários de Araxá e Região, as cidades de Campos Altos e São Gotardo também podem aderir ao movimento grevista.
A mobilização dessa quarta aconteceu de forma rápida e ordeira, dando um alerta sobre a possibilidade da paralisação. “Viermos dar nosso recado e convocamos todos os bancários de Araxá para que na sexta feira, às 17h, possam participar da assembleia na sede do sindicato, para que nós possamos decidir se vai ter greve ou não a partir da próxima semana, sendo que já na quinta, outras cidades do Brasil já entram em greve”, explica
A classe reivindica 11% de aumento, mais o piso salarial do Dieese, que hoje gira em torno de pouco mais de dois mil reais, de acordo com José Roberto. Eles querem cesta alimentação e mais atendimento especial aos clientes, que conforme o presidente, os clientes pagam muitas tarifas e o atendimento é péssimo. “Os banqueiros fizeram uma proposta que chamamos de indecente, que é de um reajuste de 6,1%, que não dá nem a inflação desse ano. A categoria não aceitou essa proposta, porque lucro eles tem. Nesse ano o lucro foi de mais de 26 bilhões de reais. Dar esse valor que nem se compara a inflação é uma incoerência”, destaca José Roberto.
Se a greve for aprovada na sexta feira, a partir de segunda feira, provavelmente em torno de 150 bancários vão cruzar os braços, em todos os bancos. Não há uma paralisação total, para não descumprir a lei, porém, o serviço vai ser prejudicado com essa paralisação parcial e só vão funcionar pelo menos 30% dos serviços. Bancários de Abaeté, Dores do Indaiá, Martinho Campos e Bom Despacho, que são ligados ao Sindicato de Araxá, também podem parar.