Trabalho é intensificado nos 853 municípios mineiros e algumas cidades ganham atenção especial
Minas é o terceiro estado do Brasil com mais casos notificados de dengue em 2015. E semanalmente os dados de cada cidade são atualizados pelas secretarias municipais de saúde. Até a primeira semana do mês de maio, em Araxá, no Alto Paranaíba, foram confirmados 451 casos da doença, de um total de 1.268 notificações.
Os dados são altos, mas a cidade está em uma situação confortável quanto à doença, e ainda não vive uma epidemia. O mês de maio registrou aumento no número de casos de dengue na cidade. E com as chuvas que vão e vem, o cuidado da população deve ser tomado juntamente com o dos agentes de endemia. Outro auxílio no combate ao Aedes Aegypti é o carro Fumacê, que tem passado em pontos mais críticos, com mais frequência.
A situação ainda tende a se agravar, porque o pico da doença foi iniciado na segunda quinzena de abril. O boletim epidemiológico apresentado pelo setor de epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde de Araxá revelou que há 495 casos aguardando confirmação, e outros 322 que deram resultado positivo, contagem desde janeiro.
“A gente está fazendo de tudo o que é possível, buscando alternativas para que possa controlar a situação e ainda pensar no nosso trabalho preventivo, para o ano que vem”, explica a chefe da vigilância em saúde de Araxá, Flavia Rios.
De acordo com o balanço do Ministério da Saúde, a Região Sudeste apresenta a maior incidência de dengue, com 575,3 casos para cada 100 mil habitantes (489.636 casos no total).Segundo a pasta, foram confirmadas 229 mortes causadas pela doença nas 15 primeiras semanas do ano.
Isso corresponde a um aumento de 44,9% em relação ao mesmo período de 2014, quando foram 158. Além disso, até o dia 18 de abril, foram registrados 404 casos graves de dengue; aumento de 49,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 270 casos graves.
E que já passou pelo problema, usa a própria experiência para alertar a população para que se conscientize. “Eu já tive a doença e com medo de ter novamente ou de outra pessoa aqui de casa ter, eu faço uma vistoria na casa a cada dois dias, olhando se não tem nada virado para cima, se os mais de 20 vasos de plantas estão com os pratinhos cheios de areia. A dor no corpo causada pela doença é muito forte, não a desejo para ninguém”, relata a advogada Marcilene Borges.