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A cirurgia metabólica como aliada no controle do diabetes tipo 2

Endocrinologista da Unimed Araxá explica como ela funciona, benefícios e o papel do paciente no processo 

Já imaginou poder controlar o diabetes tipo 2 (DM2) sem depender de medicamentos diários? Para muitos pacientes, a cirurgia metabólica (CM) tem se destacado como uma ferramenta poderosa para alcançar essa realidade, abrindo novas portas para uma vida com mais saúde e qualidade. “Essa perspectiva, embora não seja uma ‘cura’ definitiva, representa um avanço significativo na busca por uma vida livre das complicações do diabetes”, afirma a endocrinologista da Unimed Araxá, Najla Mattar.

O diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 é uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Só no Brasil são quase 15 milhões de pacientes. Suas complicações, como doenças cardíacas, AVC, problemas renais e perda de visão, podem ser devastadoras. “Para pacientes com DM2 e obesidade que falharam nas mudanças do estilo de vida (MEV) e ao tratamento medicamentoso, a cirurgia metabólica é o tratamento mais eficaz”, conta a médica.

Cirurgia Metabólica

Cerca de 85% dos pacientes com DM2 vivem com sobrepeso ou obesidade. A cirurgia metabólica, indicada para pacientes com DM2 e obesidade (IMC acima de 30 kg/m2), vai além da simples perda de peso. Ela promove mudanças metabólicas que impactam diretamente no controle da glicemia, muitas vezes levando à remissão da doença, ou seja, à suspensão da necessidade de medicamentos, em até 65% dos pacientes após 5 anos.

Critérios

A decisão de realizar a cirurgia exige uma avaliação criteriosa por uma equipe multidisciplinar. “Fatores como idade, tempo de doença, uso prévio de insulina, presença de complicações e outras condições de saúde são levados em consideração para garantir a segurança e o sucesso do procedimento. Lembrando que é necessário falência das MEV e do tratamento medicamentoso antes da cirurgia”, explica a Dra. Najla Mattar.

Benefícios

A cirurgia metabólica não apenas melhora o controle glicêmico, mas também reduz o risco de complicações cardiovasculares, melhora o perfil lipídico e promove uma perda de peso significativa. Esses benefícios se traduzem em mais qualidade de vida, permitindo que os pacientes retomem atividades que antes eram limitadas pela doença.

O papel do paciente Embora a cirurgia seja um passo importante, o paciente desempenha um papel crucial no sucesso do tratamento. “Manter hábitos saudáveis, como uma alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios físicos, é essencial para garantir resultados duradouros”, alerta a endocrinologista. “Embora a CM seja uma ferramenta poderosa, o acompanhamento médico e a adoção de um estilo de vida saudável são fundamentais para alcançar resultados duradouros”, finaliza.

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