Oscar do café reconhece os melhores grãos dos 55 muncípios da Região
Já estão abertas as inscrições para a 12ª edição do Prêmio Região do Cerrado Mineiro, promovido pela Federação dos Cafeicultores do Cerrado com o apoio do Sebrae Minas. A iniciativa visa valorizar o trabalho dos cafeicultores na produção de cafés de excelência, destacando a responsabilidade e a rastreabilidade. Além de reconhecer a qualidade dos cafés da região, o prêmio celebra a safra 2024 e coloca os destaques do Cerrado Mineiro em evidência no cenário nacional.
O Prêmio reconhece os melhores cafés dos 55 municípios da região, com foco na produção de alta qualidade com Denominação de Origem (D.O) e tem a realização das cooperativas Carmocer, Carpec, Coocacer Araguari, Coopadap, Expocacer e MonteCCer, além das sete associações: ACA, Acarpa, Amoca, Appcer, Assocafé, Assogotardo e GRE Café – Região de Araxá como apoiadoras.
Categorias e inscrições
O Prêmio é dividido em três categorias: Café Natural, Cereja Descascado e Fermentação Induzida. As inscrições podem ser feitas até o dia 6 de setembro, via cooperativas e associações que fazem parte da Federação, localizadas nas cidades polo. O regulamento está disponível em www.cerradomineiro.org/premio. Na edição anterior, foram 500 inscrições e a expectativa deste ano é superar esse número. Cada produtor poderá inscrever duas amostras, desde que em diferentes categorias.
As etapas classificatórias incluem: inscrição das amostras, validação da inscrição e codificação das amostras, análise sensorial – etapa classificatória (árbitros da RCM), análise sensorial – ranqueamento (árbitros convidados), etapas cooperativas, conferência dos lotes classificados e premiação. Como ocorre todos os anos, a seleção das amostras será realizada por um corpo de jurados profissionais.
No ranqueamento regional, os dois primeiros lugares de cada categoria, por cooperativa, estarão diretamente classificados para a etapa regional, juntamente com outros 24 produtores com melhores pontuações na classificação geral. Todos os 60 finalistas competirão na etapa regional, onde serão eleitos os três melhores de cada categoria e os três melhores cafés produzidos por mulheres.
Os vencedores serão premiados com R$ 5.500 pelo primeiro lugar, R$ 3.300 pelo segundo e R$ 2.200 pelo terceiro. A cerimônia de divulgação dos cafés premiados será realizada no dia 13 de novembro, em Uberlândia.
Juliano Tarabal, diretor executivo da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, explica que, nesta edição, o primeiro e o segundo lugares de cada etapa das cooperativas irão diretamente para a premiação final. Para completar as 60 vagas, outras 12 vagas extras para os cafés naturais, mais quatro para os cerejas descascados e ainda outras oito para a fermentação induzida serão disponibilizadas. “No ano passado, apenas o primeiro lugar de cada cooperativa se classificava. Neste ano, ajustamos para incluir os dois primeiros lugares de cada cooperativa. Este é o principal projeto que a Federação desenvolve, pois promove, reconhece e incentiva a qualidade do café que leva a nossa Região e as fazendas para o mundo inteiro. Vamos participar e celebrar a safra, porque o prêmio também é uma celebração. Independentemente dos desafios que surgirem, sempre os venceremos”, afirma Tarabal.
Modelo de negócios
O modelo de negócios do Prêmio será realizado em três modalidades: Leilão Solidário, Leilão On-line e Reserva de Mercado Interno. No Leilão Solidário, nove dos 60 lotes ranqueados serão comercializados presencialmente durante a premiação. Do valor arrecadado, 50% serão doados ao Hospital do Amor de Patrocínio e aos projetos vencedores do Troféu Escola de Atitude. Em 2023, o leilão solidário arrecadou R$ 243 mil.
No Leilão On-line, nove dos 60 lotes ranqueados também serão comercializados por meio de uma plataforma digital, em dezembro. As amostras serão distribuídas para compradores no mundo inteiro antes do leilão, que poderão fazer os lances. A terceira parte do lote vai para o Reserva de Mercado, destinada a estimular o consumo interno, voltada para cafeterias e torrefações no Brasil.
Troféus
O Troféu Mulheres de Atitude reconhece o papel fundamental das mulheres na produção de café, premiando as primeiras colocadas em cada categoria. A amostra pode ser inscrita em nome da cafeicultora, mesmo que a fazenda não esteja registrada em seu nome. Basta comprovar o vínculo com o produtor, seja como esposa, filha, irmã ou outro grau de parentesco.
Já o Troféu Atitude Sustentável incentiva a sustentabilidade, premiando projetos de boas práticas agrícolas e socioambientais dos 60 finalistas. O Troféu Escola de Atitude Reconhece projetos que promovem transformação social e compromisso com a educação, valorizando iniciativas inovadoras de escolas regionais. As inscrições devem ser feitas via cooperativas, levando em conta seus municípios de abrangência.
Destaques
“Ter o seu nome na lista do Prêmio já faz uma grande diferença, tanto na parte de marketing quanto na divulgação da qualidade do Cerrado Mineiro. O concurso existe para mostrar que temos café de alta qualidade no Brasil, comparável aos de outras regiões. Isso evidencia que produzimos café fino e de excelente padrão, sem perder para outras origens,” afirma o cafeicultor Deyvid Oliveira Leandro, primeiro lugar na categoria Fermentação Induzida na edição 2023.
“O Prêmio RCM é uma revelação de novos talentos. É importante acreditar no nosso café, no terroir e no concurso, que oferece uma oportunidade e um espaço aberto para conexões. Temos uma região muito privilegiada, que é o Cerrado Mineiro,” destaca a cafeicultora Isabel Carvalho, vencedora na categoria Natural na 11ª edição.
Sobre a RCM
A Região do Cerrado Mineiro abrange 55 municípios e uma área cultivada de aproximadamente 234 mil hectares, produzindo em média seis milhões de sacas de 60 kg por ano. Esse volume representa 25,4% da produção de café em Minas Gerais e 12,7% da produção nacional.