Minas no Foco

Adolescente de 17 anos não sabe explicar onde está a arma que teria usado para matar ex-namorado em Araxá

Menor, que participou da reconstituição e refez todos os passos do dia do crime, disse que matou o namorado devido a violência que ela sofreu no passado

Por Caio Ranieri

A adolescente de 17 anos, apreendida em Araxá após confessar que matou o ex-namorado, Gutemberg Ribeiro, de 21 anos, na sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021, ainda não conseguiu dar conta de onde está a arma que ela teria usado no crime. A falta dessa informação levanta mais suspeitas no caso. É o que explica o Delegado Vinicius Ramalho, em entrevista coletiva na manhã dessa terça-feira (23). Segundo ele, apesar da jovem ter confessado do fato, o inquérito ainda não foi fechado, pois restam alguns pontos que geram dúvidas, como por exemplo, se houve participação de outras pessoas no crime.

“A arma do crime não foi localizada e ela não consegue explicar o que foi feito do armamento. Ela disse que a arma era da própria vítima, seu antigo namorado. Ela atraiu para si toda responsabilidade, mas não descartamos nenhuma possibilidade. Tem muita coisa para ser feita, temos que analisar situações que ela descreveu”, explicou o delegado. A menor contou que, no passado, ela teria sido vítima de violência e essa seria a motivação para o crime. Essa informação também é objeto de investigação, segundo Ramalho.

A acusada topou participar da reconstituição e de acordo com o Delegado, ela conseguiu refazer todos os passos que explicou em depoimento, o que traz veracidade as informações. “Ela refez os passos, desde quando ela saiu de casa, a prática do crime, e quando ela retornou para casa dos familiares após o fato. Todas as provas que temos até agora são verossímeis, mas restam diligências para serem feitas para imputar as responsabilidades devidas”, finaliza Vinícius.

Nenhum dos dois jovens, tanto vítima quanto a menor acusada, tinha passagens pela polícia e segundo testemunhas, eles formavam um casal tranquilo. O Delegado Regional, Victor Hugo Heisler, ressalta que essa é a primeira fase da investigação, com as informações trazidas pela adolescente. “A Polícia Civil agora vai dar continuidade confirmando ou não as informações e a possível participação ou não de outras pessoas. Mas esse andamento permanece em sigilo para não prejudicar as investigações. Qualquer pessoa que tiver informações, pode nos passar pelo Disque Denúncia 197 no mais absoluto sigilo”, finaliza. A adolescentes está no Centro de Reeducação de Adolescentes (Cerad).

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