Minas no Foco

Após ser preso em operação, Prefeito de Perdizes, Fernando Marangoni, renuncia

Carta foi enviada ao TRE e deve chegar nessa quarta-feira à Câmara Municipal de Perdizes

Por Caio Ranieri

Após ser preso em flagrante na manhã de terça-feira (23) na Operação Isonomia, recebendo R$ 20 mil de propina através de um escritório de advocacia em Uberlândia, o Prefeito de Perdizes, no Alto Paranaíba, Fernando Marangoni (PSDB), renunciou no começo da noite ao cargo. Através de uma carta enviada à Justiça Eleitoral e Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais em Perdizes, ele afirmou que a renuncia tem motivos pessoais.

A carta de renuncia e comunicado do TRE devem ser enviados ainda nessa quarta-feira para a Câmara Municipal de Perdizes, que deve convocar, por meio do Presidente Lucas Mariconi (Avante), Reunião Extraordinária para dar posse ao Vice-Prefeito, Vinícius Barreto (PPS) como Prefeito da cidade.

A Prefeitura de Perdizes funcionou normalmente após a prisão de Fernando Marangoni e ainda não houve um comunicado oficial do Poder Executivo. Reeleito nas Eleições de Outubro de 2016, Fernandinho obteve 5.246 votos, o que correspondeu a 57,54% dos votos válidos no município.

Entenda

A operação Isonomia é realizada pelo Ministério Público Estadual (MPE), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e da Coordenadoria Regional das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público.

Eles investigam contratações irregulares, em 2015 e 2016, de um escritório de advocacia, que tem sede em Uberlândia, por prefeituras de cidades do Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas Gerais.

Segundo informações, por meio de tráfico de influência, esse escritório conseguia essas contratações. Outro escritório, também sediado em Uberlândia, prestava os serviços e dividia os lucros. Outras cidades da região também são alvos de investigação.

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