A intenção é de plantar 300 mil mudas para recomposição da mata ciliar do Rio São Francisco
Representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), prefeitos de cidades da região do Alto Paranaíba e membros de entidades e órgãos ambientais estiveram na sede da Amapar em Patos de Minas, para participar da assinatura oficial do Termo de Cooperação Técnica entre o comitê, o Instituto Estadual de Florestas (IEF), a Agência Peixe Vivo (APV) e a Prefeitura de Patos de Minas. O vice-prefeito, Paulo Mota, representou o Município na assinatura do convênio e deu as boas-vindas aos visitantes.
A assinatura do termo visa à ampliação na produção de mudas para atender aos projetos de recuperação de matas ciliares, nascentes, áreas degradadas, de recarga hídrica e programas de educação ambiental para as comunidades rurais, visando à conservação do solo e a consequente produção de água. O convênio, de cerca de R$ 6 milhões, vai possibilitar a produção de 300 mil mudas de árvores nativas por ano nas unidades do IEF de Patos de Minas e Presidente Olegário.
Abrindo a cerimônia de assinatura, o idealizador do projeto “Plantando Árvore, Produzindo Água”, o ambientalista e membro do CBHSF, Wilson José da Silva, ficou bastante emocionado em tornar realidade um sonho antigo. Ele explicou que a ideia vem sendo trabalhada há cerca de oito anos e que a intenção é beneficiar toda a bacia hidrográfica do Rio São Francisco.
A diretora geral da agência Peixe Vivo, Celia Fróes, ressaltou que a luta para melhorar a mata ciliar do rio é antiga e que todos os envolvidos estavam muito felizes em começar o projeto. “Agora precisamos buscar a viabilização do projeto junto a produtores rurais e municípios que vão fazer o plantio nas matas ciliares”, ressaltou.
A coordenadora da CCR Alto São Francisco, Sílvia Freedman, explicou a importância do projeto para todos, principalmente, para os moradores do médio e baixo São Francisco. Ela mostrou uma reportagem do Jornal Nacional do dia 19 de julho sobre a situação do Rio em diversos municípios e a preocupação de se aumentar a água do rio com a recuperação das matas ciliares. “Nós não sentimos tanto as mudanças no rio, por estarmos no Alto São Francisco, mas precisamos voltar os olhos para todas as regiões. A situação do Velho Chico é crítica e ele pede socorro”, enfatizou.
Segundo o diagnóstico do PRHSF 2016-2025, verificou-se uma tendência no avanço do desmatamento da bacia do rio São Francisco em todas as regiões, quando comparado ao período anterior (2004-2013), principalmente, com a expansão da fronteira agrícola na região de cerrados para a produção de alimentos, quando a vegetação nativa acabou dando lugar a grandes lavouras.
O plano de recursos trata ainda de um conjunto de ações com investimentos considerados prioritários no âmbito da gestão da bacia hidrográfica, por meio do Plano de metas, ações prioritárias e investimentos para a bacia hidrográfica do rio São Francisco e do Plano de Investimentos e mecanismos de acompanhamento.
Assinaram o Termo de Cooperação, a diretora geral da Agência Peixe Vivo, Celia Fróes, a coordenadora do CCR Alto São Francisco, Sílvia Freedman, o diretor geral do Instituto Estadual de Florestas, João Paulo Sarmento, o vice-prefeito, Paulo Mota e o membro da CBHSF, Wilson José da Silva.