Obra iniciada há quase seis anos vai atender cento e vinte detentos
Generosa Maria Costa preside a unidade da Apac, Associação de Proteção e Assistência aos Condenados, de Araxá, no Alto Paranaíba, e ela pede apoio da comunidade para terminar as obras da cidade. Falta pouco para a conclusão do prédio, como itens para construção do muro, tintas e parte elétrica. Em todo estado de Minas Gerais há 96 unidades do projeto.
Iniciada em 2009 no local já foi investido quase dois milhões de reais, recurso proveniente do Governo do Estado de Minas Gerais, Prefeitura de Araxá e CBMM. Depois de passar por problemas ligados a invasão, excesso de chuva e o relevo do terreno, a obra está praticamente pronta desde o ano passado, mas o recurso não foi o necessário para que as atividades iniciassem.
A presidente pede a solidariedade do próximo, para que as ações sejam iniciadas no espaço. “Nós estamos no fim da construção interna e estamos precisando terminar a muralha. A CBMM nos deu os tijolos, cimento e ferragem, e precisamos da mão de obra”, relata.
A capacidade é para receber 120 detentos, que a partir do momento que estão na unidade, passam a se nomeados recuperandos. O espaço está sendo construído ao lado da penitenciária local.
A presidente de honra da associação, Edna Castro, relata que um detento custa, no presídio, de quatro a cinco mil reais por mês. Já o recuperando na APAC tem o valor reduzido pela metade, em média de dois a dois mil e seiscentos reais mensais. “Os custos são bem menores porque temos mais voluntários que contratados e os presos tomam conta deles mesmos”, explica.
A Associação aplica metodologia de valorizar o ser humano, através da evangelização, e oferece ao condenado condições de recuperação. E em uma perspectiva mais ampla, busca também, a proteção da sociedade, a promoção da justiça e o socorro às vítimas.
O que difere o trabalho da APAC com o sistema carcerário comum é que, na unidade, os presos (chamados de recuperandos) são co-responsáveis pela própria recuperação, receberem assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica, prestadas pela comunidade.
Até a segurança e a disciplina são feitas com a colaboração dos recuperandos, que tem o suporte dos funcionários, voluntários e diretores das entidades, sem a presença de policiais e agentes penitenciários.