11.717 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram paralisados em todo o país
Bancários de todo o país rejeitaram ontem (07) a contraproposta apresentada sexta-feira (4) pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e decidiram continuar em greve. A proposta da Fenaban, que elevou o reajuste de 6,1% para 7,1%, foi considerada “melhoria irrisória” pelo Comando Nacional dos Bancários, que orientou as federações e sindicatos a rejeitar o ganho salarial de 0,97% – parcela acima da inflação de 6,1% acumulada nos últimos 12 meses.
Os bancários pedem reajuste de 11,93% (aumento real de 5%) e valorização do piso salarial e dos vales refeição e alimentação, entre outros benefícios.
No início da noite, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) divulgou nota destacando a participação “massiva” de trabalhadores nas assembleias de hoje, que rejeitaram a proposta da Fenaban. Segundo os bancários, nesta segunda-feira 11.717 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram paralisados em todo o país. A greve completa 20 dias hoje (08).
Os efeitos da greve já aparecem no mercado financeiro. O Indicador Serasa Experian informou que o número de pessoas em busca de crédito diminuiu 9,8% em setembro, em comparação com o total de agosto, em razão da greve iniciada dia 19 do mês passado.
C/ Ascom