Biblioteca tem rico acervo em razão das doações dos escritores araxaenses, por isso tem um espaço só de obras dos filhos da terra
A Biblioteca Pública Municipal de Araxá completou 71 anos no sábado, 26 de junho. Há mais de sete décadas (1950 – 2021), a instituição cultural e educativa de Araxá acompanhou as mudanças dos tempos, inovou serviços e se transformou.
Nesta data comemorativa, recebeu livros de escritores araxaenses. Entre eles, “Memória de um garçom de Juscelino”, de autoria de José Dutra Ferreira, que foi mordomo em Brasília e traz histórias dos primeiros anos da capital federal.
Falecido em 2014, aos 82 anos, Dutra, não viu o sonho das memórias publicadas ser realizado. A filha Jussara Dutra Izac e a viúva, Edna Maria Dutra, deram continuidade ao desejo do garçom e lançaram o livro em parceria com a escritora e jornalista Rosalba Ribeiro da Matta Machado. A entrega do livro foi realizada pela historiadora Glaura Teixeira Nogueira Lima à secretária municipal de Educação, Zulma Moreira, e à diretora da biblioteca, Maria Clara Fonseca.
Zulma destaca que a Biblioteca Pública tem um rico acervo em razão das doações dos escritores araxaenses, por isso tem um espaço só de obras dos filhos da terra. “Essas doações são muito importantes, elas enriquecem o acervo que é de uso de toda a comunidade, representam uma oportunidade de conhecer melhor a história de araxenses que viveram em diversas regiões do país”, ressalta a secretária.
O escritor araxaense Ahilton Guimarães, que também é pioneiro na construção de Brasília, presenteou a Biblioteca Móvel “Embarque nas Letras” com um exemplar do seu livro “O Catetinho”, lançado em 2008. A Sociedade dos Amigos da Biblioteca foi representada pelo vice-presidente Tancredo Borges Guimarães. Neste período de pandemia, 2020/2021, o espaço “Escritores araxaenses” recebeu novas publicações que estão disponíveis para empréstimo.
– Reminiscências culinárias: “tempos idos e vindos”. Fernando Braga de Araújo (2020);
– Marca da vida: e foi assim… Rute Pena Ribeiro (2020);
– Átimo: haicais. Cássio Amaral (2020);
– Sr. Bigodes era seu nome. Rafael Nolli (2021);
– Simplifica direito: o direito sem as partes chatas. Renato Zupo (2020).
Seção Braille também fez aniversário
A “Seção Braille”, espaço implantado em 2002 para atender deficientes visuais, completou 19 anos em 25 de junho. O acervo é constituído por obras em formato braile, audiolivros, recursos pedagógicos e livros digitais. São quase 2 mil volumes, funcionando como apoio pedagógico às escolas e às instituições especializadas em educação especial. A “Seção Braille” da Biblioteca Municipal funciona no prédio do Centro de Atendimento à Educação Inclusiva (Caei), na rua Thieres Botelho, 110, das 7h30 às 11h30 e das 13h às 17h.