Associação de Amparo e Proteção aos Animais é a entidade que cuida do espaço
Em resposta ao questionamento do vereador Romário Gerson Galdino (Romário do Picolé) quanto à atual situação do Canil Municipal, a Associação de Amparo e Proteção aos Animais de Araxá (AAPA), esclarece alguns pontos relacionados ao tema, afim de colocar a população a par do que realmente está acontecendo na instituição.
De acordo com Eliane Cristina de Rezende, membro da AAPA, o canil não é da jurisprudência da esfera pública. Em 2009 a associação assumiu a responsabilidade pelo abrigo e de lá para cá é ela quem desenvolve trabalhos de resgate e auxílio aos animais de rua de Araxá.
Eliane esclarece que o que há, em verdade, é uma parceria entre a prefeitura e a associação para repasse de verbas na ordem de seis mil reais por mês, que são aplicados no custeio de ração, medicamentos, pagamento de veterinários e melhorias no espaço físico do abrigo. Esta parceria tem garantido à instituição o aparato necessário para acolher os mais de 250 animais que dependem da associação.
As despesas são complementadas através de doações de empresas do setor privado e voluntários. Ela conta que todos os animais recebem alimentação diária, medicamentos, e tem todo o acompanhamento veterinário necessário. Além do profissional responsável contratado pela AAPA, voluntários ajudam a completar o quadro de clínicos que trabalham no abrigo.
Em 1998, quando foi sancionada a lei 9.605, que dispõe sobre Crimes Ambientais, ficou considerado crime a prática de eutanásia animal no Brasil. Diante disso, Eliane esclarece que nenhum cão, em hipótese alguma, é sacrificado dentro do abrigo, todos eles recebem cuidados médicos e são acomodados de modo a serem providos do melhor ambiente para recuperação. “Nós prezamos ao máximo a vida do animal, então se ele não for adotado ficamos responsáveis por ele pelo resto de sua vida”, completa Eliane.
Um dos maiores problemas enfrentados pela AAPA hoje é quanto ao descaso. Eliane conta que em média 70 cães dão entrada no canil por mês, a maioria abandonados pelos próprios donos nas ruas ou na porta do abrigo. Diariamente, uma equipe fica responsável por patrulhar a cidade e fazer o recolhimento destes animais.
Os maus tratos também são outro problema. A associação recebe de quatro a seis denúncias desta natureza por dia, neste caso os agentes do órgão acionam a policia militar e retiram o animal do local mesmo sem o consentimento do proprietário. Eliane lembra de que a pena para crimes de maus tratos é de seis meses à dois anos de detenção ou multa que pode chegar a dois mil reais por animal.
A AAPA é uma entidade sem fins lucrativos que há 18 anos trabalha no socorro de animais de rua em Araxá. Para quem quiser ser voluntário ou fazer qualquer tipo de doação, o abrigo da AAPA fica na Rua Erminda Soares de Lurdes, 495, no bairro Salomão Drummond. O telefone para contato é o (34) 9902-2026.
C/ Ascom