Leia o artigo do cirurgião de cabeça e pescoço da Unimed Araxá, Carlos Heráclito Ramirez e Dolga
Doutor, estou com um caroço no pescoço!!!
E agora???
A queixa de surgimento de um nódulo no pescoço se mostra cada vez mais frequente no consultório de um cirurgião de cabeça e pescoço e, quase sempre, o paciente já chega com a certeza de que está com um câncer. Felizmente, existem várias circunstâncias em que o tal “caroço” deve-se a uma condição clínica benigna. É preciso separar o “joio do trigo” e a consulta com o profissional, nesses casos, é sempre bem-vinda.
É fato que muitas doenças graves, na maioria das vezes neoplásicas, se manifestam como caroços ou massas no pescoço, principalmente quando se tratam de grandes massas endurecidas e aderidas aos planos profundos ou grandes nódulos duros e arredondados. Porém, na maioria das vezes, o que se observa são nódulos com características benignas, menores, achatados e “soltinhos”, localizados no interior de glândulas do pescoço, como a tireoide, ou nos espaços perivasculares, como os linfonodos.
Os linfonodos, popularmente conhecidos por ínguas, são estruturas ligadas ao sistema imunológico e crescem quando há necessidade de o organismo combater alguma infecção, geralmente causada por um vírus, fungo ou bactéria. No interior dos linfonodos, as células de defesa que se multiplicaram vão produzir os anticorpos que se ligarão aos microrganismos, causando sua destruição e nos curando daquela infecção. Esse linfonodo, chamado reacional, mostra que o sistema imune está ativo e reativo, o que é uma condição chave para uma vida longa, como costumo afirmar aos meus pacientes, tranquilizando-os.
Esse mecanismo do linfonodo reacional é, sem dúvidas, um dos principais diagnósticos dos nódulos, para alívio dos pacientes. Mas, com nódulo cervical não se brinca! Todo nódulo deve ser investigado!
Carlos Heráclito Ramirez e Dolga
cirurgião de cabeça e pescoço