A empresa soltou 1,4 milhão de alevinos, totalizando 67 peixamentos com a participação de 2.570 pessoas em 42 municípios
A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) divulgo os números referentes ao peixamento no ano passado. Essa prática, também chamada de repovoamento ou estocagem, consiste na soltura de alevinos em um ambiente utilizando espécies provenientes de estações de piscicultura.
No ano passado, a empresa soltou 1,4 milhão de alevinos (nome dado a filhotes de peixes), totalizando 67 peixamentos com a participação de 2.570 pessoas em 42 municípios de Minas. A Cemig, em geral, realiza dois tipos de repovoamento: o técnico, que se destina a atender metas produtivas ou projetos, e o que conta com o envolvimento da comunidade por meio de palestras e atividades de conscientização ambiental.
A bióloga Miriam Aparecida de Castro, do programa Peixe Vivo da Cemig, destaca a importância do peixamento como um processo vital para a preservação do meio ambiente e uma forma de aproximar a empresa da sociedade.
Essa atividade vem sendo utilizada pela Cemig, como medida mitigadora dos impactos ambientais, desde a década de 70, subsidiando os estudos de reprodução de diversas espécies nativas.
“Há relatos de regiões nas quais o peixamento possibilitou o restabelecimento de espécies que haviam desaparecido de certos trechos de rios. Para a Cemig, essa atividade possibilita um vínculo com a sociedade e uma estratégia de conscientização ambiental”, afirma Miriam.
Peixe Vivo
Lançado em junho de 2007, o programa Peixe Vivo tem como missão minimizar o impacto sobre a ictiofauna buscando soluções e tecnologias de manejo que integram a geração de energia elétrica pela Cemig com a conservação das espécies de peixes nativas, promovendo o envolvimento da comunidade. Para isso, tem desenvolvido soluções e tecnologias de manejo beneficiando as comunidades que utilizam os recursos hídricos como fator de desenvolvimento.
O programa Peixe Vivo segue os preceitos de desenvolvimento sustentável praticado pela Cemig, que incluem programas e ações voltadas à preservação das bacias hidrográficas, como a implantação de sistemas de transposição de peixes, o repovoamento com espécies nativas, a restauração de habitats críticos e ações preventivas na operação de usinas.
Atualmente, são 11 projetos científicos desenvolvidos em parceria com instituições de pesquisa e o envolvimento de estudantes e pesquisadores, que já resultaram em mais de 170 publicações técnicas. Esses resultados acadêmicos, juntamente com o envolvimento da comunidade, buscam criar programas de preservação mais eficientes e práticas que permitem a coexistência de usinas e peixes nos rios brasileiros. Até hoje, foram investidos aproximadamente R$ 32 milhões.
C/ Ascom