Amostras do produto serão recebidas até setembro e interessados podem concorrer nas categorias Café Natural ou Café Cereja Descascados, Despolpados ou Desmuciliados
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está recebendo amostras de café, nos escritórios, até 19 de setembro, para a 11ª edição do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas.
O evento é aberto à participação de cafeicultores de municípios mineiros, produtores de café da espécie Coffea arabica L., safra 2014, tipo 2 para melhor. A regra é para ficar de acordo com a tabela oficial brasileira de classificação de bebida apenas mole ou superior. Os interessados podem se inscrever e concorrer nas categorias Café Natural ou Café Cereja Descascados, Despolpados ou Desmuciliados.
De acordo o regulamento do concurso, os grãos de café deverão ter passado por peneiras 16 ou acima, com vazamento de até 5% e umidade máxima de 11,5%. Outra exigência é que a lavoura de origem da amostra seja georrefereciada.
Cada cafeicultor poderá concorrer com apenas uma amostra em cada modalidade das respectivas categorias. Todas as amostras inscritas no concurso passarão por análises físicas e sensoriais, realizadas por provadores especializados em cafés especiais, nos meses de setembro, outubro e novembro, sendo que a primeira etapa terá caráter eliminatório.
Na solenidade de encerramento do concurso, prevista para 27 de novembro deste ano, serão ofertadas as seguintes premiações: homenagem aos cafeicultores com os melhores cafés produzidos com sustentabilidade, baseado na certificação oficial do Estado, o Certifica Minas Café; diploma aos primeiros colocados em cada categoria, nas quatro regiões cafeeiras (Cerrado Mineiro, Matas das Minas, Chapadas de Minas e Sul de Minas); e a entrega de certificado aos cafeicultores finalistas.
Uma novidade nessa 11ª edição é o local do encerramento. A partir de agora o concurso vai contemplar a cada ano uma das quatro regiões produtoras de café, segundo o gerente da regional da Emater-MG de Lavras, Marcos Fabri, também coordenador do concurso. “Decidimos que, neste ano, será em Patos de Minas, no Cerrado mineiro, mas a cada ano a solenidade de encerramento vai ocorrer em regiões cafeeiras distintas. Ou seja, será itinerante”, revela
O Concurso dos Cafés de Minas é uma iniciativa do Governo de Minas, realizada por meio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e da Emater-MG, em parceria com o Instituto Federal de Tecnologia do Sul de Minas e Universidade Federal de Lavras (Ufla). A classificação física e sensorial das amostras será realizada na Ufla e no Centro de Excelência do Café, em Machado, ambos no Sul de Minas.
Maior produção do país tem certificação
Considerado o maior produtor nacional de café, o Estado de Minas Gerais tem mais de um milhão de hectares plantado do grão, sendo responsável por mais de 50% da safra brasileira. A primeira estimativa de produção do Estado em 2014, divulgada em janeiro pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mostra um valor entre 25 a 27 milhões de sacas de café, sendo a região Sul a maior produtora, com estimativa de 13,73 milhões de sacas.
Levantamento da Seapa aponta que o café é o principal produto de exportação do agronegócio mineiro, sendo vendido para mais de 60 países do mundo. Reconhecendo o valor do produto para a economia estadual, o Governo de Minas vem incentivando o setor, com o Certifica Minas, que certifica propriedades cafeeiras, qualificando as para as exigências do comércio mundial. A Emater-MG atua no programa, orientando os cafeicultores para as adequações nas propriedades. Em 2013 o Certifica Minas fechou com 1.643 propriedades certificadas em 236 municípios. A expectativa para este ano é que o programa atinja o mesmo número, segundo o gestor do programa na empresa, Julian Carvalho.
Preço e qualidade
Sobre a situação atual dos preços do café no mercado e a qualidade dos grãos da safra 2014, Marcos Fabri considera o impacto da falta de chuva no início do ano. “O café teve aumento de até 100% em relação a 2013 e este aumento teve a ver com a estiagem prolongada que atingiu as principais regiões cafeeiras do Brasil entre janeiro e abril, prejudicando a qualidade física e devendo afetar a qualidade sensorial do café desta safra”, avalia.
C/ Ascom