Lucro líquido da empresa registrou crescimento de 65,9% se comparado ao mesmo período do ano anterior
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) fechou o primeiro trimestre de 2017 (1T17) com variação positiva de 65,9% do lucro líquido obtido, ficando em R$ 149 milhões, contra R$ 89,8 milhões observados no primeiro trimestre de 2016 (1T16). O EBITDA, que mede a geração de caixa operacional da Companhia, alcançou R$ 397,4 milhões nos três primeiros meses deste ano, representando um crescimento de 23,6% em relação ao 1T16.
A receita líquida de água e esgoto de janeiro a março de 2017 atingiu R$ 978,7 milhões, com crescimento de 17,8% em relação ao mesmo período de 2016. Esse aumento é reflexo, principalmente, do reajuste tarifário médio aplicado em maio de 2016 e do crescimento no número de economias de água e esgoto, de 1,9% e 3,1%, respectivamente.
Os custos e despesas aumentaram em apenas 8%, passando de R$ 659,4 milhões no 1T16 para R$ 712,5 milhões no 1T17. Esta elevação, inferior ao crescimento das receitas em 17,8%, é resultado dos esforços empreendidos para o controle de custos e a melhoria da gestão dos processos de contratação dos insumos e serviços.
A dívida líquida da Copasa foi reduzida em R$ 372 milhões, passando de R$ 3,22 bilhões em março de 2016 para R$ 2,85 bilhões em março de 2017. Esse montante da dívida líquida é o menor registrado desde o encerramento do exercício de 2013, resultado do rigor imprimido à gestão de caixa e da busca do equilíbrio econômico-financeiro da Companhia.
Revisão tarifária
Está em curso a terceira fase da 2ª etapa da Revisão Tarifária Copasa, conduzida pela Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG). A audiência pública vai até o dia 19 de maio de 2017 e, nesta última etapa, estão previstas sessões públicas nos dias 27 de abril e 12 de maio.
No entendimento da Copasa, a nova metodologia proposta pela Arsae-MG apresenta uma série de avanços, no entanto, alguns pontos apresentados requerem aperfeiçoamentos, dentre os quais destacam-se: a metodologia de cálculo da base de ativos, o tratamento dado aos repasses tarifários aos municípios, o cálculo do custo médio ponderado do capital (WACC, na sigla em inglês), os critérios propostos para combate às perdas de água e ao incentivo à expansão dos serviços de esgotamento sanitário.
Investimento em saneamento
Contribuindo com a universalização do saneamento, a Copasa investiu, no 1T17, R$ 101 milhões, de um total de R$ 650 milhões previstos para o ano em obras de implantação de novos sistemas de água e esgoto e para a ampliação, manutenção e modernização dos sistemas existentes. Com os investimentos, a Copasa, de janeiro a março de 2017, registrou 5,1 milhões de unidades consumidoras de água, o que representa um aumento de 1,9% em relação ao mesmo período de 2016.