Equipes acompanham execução de serviços que vem sendo realizados a fim de preservar e recuperar microbacias hidrográficas
Ciente da importância da preservação da água e do meio ambiente, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) atua para garantir a segurança hídrica a longo prazo e para possibilitar às gerações atuais e futuras o acesso aos recursos naturais.
Com esse propósito, já foram concluídas as primeiras etapas de atividades de proteção ambiental executadas em Limeira do Oeste e Santa Vitória, no Triângulo Mineiro, neste ano. E estão em andamento as ações em Campos Altos, Perdizes e Tiros, na mesma região. Todas são custeadas pelo Pró-Mananciais, programa da companhia que visa à preservação e recuperação de microbacias hidrográficas.
A Copasa, em parceria com a Prefeitura de Limeira do Oeste, concluiu, neste segundo semestre, a adequação de 3,5 mil metros de estradas na microbacia do ribeirão Reserva, manancial que abastece a cidade. No total, as intervenções abrangem 15,5 mil metros e estão avaliadas em R$55,5 mil. Engenheira ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e coordenadora do Coletivo Local de Meio Ambiente (Colmeia), Franciély Covizzi falou sobre os benefícios do serviço: “Quando fazemos a adequação de estradas, evitamos que ocorra o escoamento das chuvas diretamente para o manancial, pois ela vai para os bolsões e se infiltra no solo, ajudando na recarga dos aquíferos. Inclusive, a obra realizada até o momento ficou muito boa”, pontuou.
Ainda neste segundo semestre foi concluída, também em parceria entre Copasa e a prefeitura, a construção de 123 bolsões, bacias escavadas na terra para contenção de água da chuva e que favorecem a penetração da água no solo, em Santa Vitória. Ao todo, serão construídos 278, além de 112.350 metros de terraceamentos, elevações criadas por máquinas para evitar erosões causadas pelas enxurradas; e 1.050 mil metros quadrados de subsolagem, um processo de descompactação do solo que possibilita o crescimento de vegetação. Um investimento total de R$72,7 mil.
Abastecimento
Coordenador do Colmeia e secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Santa Vitória (Semapa), Maurício Lorena destacou que “a parceria do Colmeia, juntamente à prefeitura, por meio do Pró-Mananciais, está construindo centenas de bolsões nas propriedades à montante da microbacia do ribeirão Invernada com a função de captar enxurradas, controlar erosões e proporcionar a recarga dos lençóis freáticos, que abastecem nascentes e afluentes do manancial que serve nossa cidade, por meio da infiltração da água das chuvas no terreno. É importante salientar que este trabalho promove o desenvolvimento sustentável dos produtores rurais, meio ambiente e sociedade civil”.
O integrante da equipe socioambiental da Copasa, Adilson Maia, explicou como ocorreram as parcerias com as administrações municipais. “Os trabalhos foram feitos pelo Convênio do Óleo Diesel, que está dentro do Pró-Mananciais. A administração municipal disponibiliza maquinário e mão de obra para executar as ações propostas no programa. Em contrapartida, a Copasa custeia o abastecimento das máquinas com óleo diesel”, disse.
Os convênios têm duração de um ano, podendo ser prorrogados por mais 12 meses, caso necessário. As próximas etapas terão início tão logo haja disponibilidade de maquinário específico e mão de obra especializada, agentes que já estão sendo providenciados.
Saindo do Pontal e chegando ao Alto Paranaíba, a Copasa está realizando desde o início de outubro o cercamento de áreas de preservação nos municípios de Campos Altos, Perdizes e Tiros. Para garantir a qualidade do serviço, integrantes da equipe socioambiental seguem monitorando, duas vezes na semana, as atividades, que têm previsão de término ainda para este ano.
Melhorias
Em Campos Altos o cercamento na microbacia do córrego Engenho da Serra começou em 10/10. Serão aplicados R$86,3 mil na construção de 3,5 mil metros de cercas. No dia 13/10 teve início a instalação de 4.450 metros na microbacia do córrego Tiros, que abastece o município de mesmo nome. O total de R$109,8 mil foram investidos no serviço. Já em Perdizes, as cercas vêm sendo construídas desde 15/10, na microbacia do Ribeirão São Francisco do Borja. Ao todo, 11,25 quilômetros vão ser executados por lá, totalizando um montante de R$277,5 mil.
O integrante da equipe socioambiental da Copasa, Wesley Meireles, explicou que o cercamento possibilita a melhoria na qualidade das nascentes e matas ciliares e, até mesmo, recuperação do corpo hídrico. “É muito importante para a preservação da microbacia, pois evita o desgaste da área, a mantendo preservada, prevenindo também a entrada de animais que pisoteiam o solo. Neste sentido, é importante ressaltar que o pisoteio pode levar à compactação do solo, o que diminui a porosidade e, assim, a infiltração da água no mesmo, prejudicando diretamente a vida na área da nascente e causar diversos danos”, contou.