A ideia é realizar um levantamento para propor avanços à categoria
A Câmara Temática de Valorização Profissional no Setor Público, através do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas) reuniu na terça-feira (09), no Auditório do Júri, do Uniaraxá, dirigentes e representantes de associações, entidades de classe e sindicatos ligados ao segmento para mapear as atividades dos engenheiros, agrônomos e técnicos que atuam no setor público em Araxá, Alto Paranaíba.
Durante o encontro foi apresentada a metodologia utilizada para levantamento do perfil desses profissionais, além da coleta de informações e debate sobre as práticas da valorização profissional. No workshop o coordenador da Câmara, Normando Leite destacou a necessidade de melhoria das condições de trabalho e a garantia de direitos como o salário mínimo do profissional e a educação continuada. A iniciativa da criação da Câmara foi motivada diante da crescente valorização do profissional no setor privado em detrimento do engenheiro no funcionalismo público.
“A gente recebia muitas demandas, do ponto dos profissionais, que traziam ao Conselho situações aviltantes sobre as condições. Só para você ter uma ideia o DER está promovendo um concurso agora, em nível estadual para engenheiro, que o salário não chega a dois mil reais. Então são situações de trabalho que envolvemaquele que presta serviço público, que deixam eles numa condição muito precária”, afirma o coordenador.
O resultado final vai compor um banco de informações que permitirá o aprimoramento de estruturas que ofereçam aos profissionais o reconhecimento. Além da pesquisa, a Câmara Temática vai atuar no intuito de informar as esferas do poder publico sobre as regras e normas para a contratação e fortalecimento de técnicos e engenheiros no setor público.
“Pegamos dados do senso e do Relatório de Atividades Sociais, que todas as organizações têm de oferecer; e observamos números fortes sobre a realidade de Araxá: uma média salarial muito baixa, a quantidade de profissional com formação em mestrado e doutorado, não está sendo qualificado. Então, se nós temos esses dados e apresentamos a sociedade, o segundo passo é fazer uma pesquisa própria do Crea, que vai acontecer depois dessa fase dos workshops, com quem trabalha na área e apresentar nosso relatório”, explica, Norberto.
Toda metodologia de pesquisa apresentada é inédita em Araxá. As regiões Centro-Oeste e Sul de Minas já receberam o workshop. Segundo o inspetor chefe do Crea-Araxá, Francisco Amando o diagnóstico pode trazer boas perspectivas à categoria. “De posse desses dados vamos fazer um trabalho junto à prefeitura para que valorize e pague o que a lei manda o setor público cumprir”, disse o inspetor.