Médica da Unimed Araxá explica as novas tecnologias e alerta para a importância do monitoramento
O Brasil tem a quinta maior população de diabéticos do mundo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), cerca de 17 milhões de brasileiros são portadores da doença e 40 milhões são pré-diabéticos (glicose entre 100 mg/dl e 125 mg/dl). Em entrevista, a médica endocrinologista da Unimed Araxá, Esthefânia Garcia de Almeida, explica as causas, consequências e o tratamento da doença.
O que causa o diabetes?
O Diabetes Mellitus é caracterizado pelo excesso de açúcar no sangue. As principais causas são a falta de insulina (Diabetes tipo 1) ou a resistência à ação da insulina (Diabetes tipo 2).
Quais são as consequências do excesso de açúcar no sangue?
O excesso de açúcar no sangue é tóxico para os nervos e vasos sanguíneos. Pessoas com diabetes mellitus devem ter seus olhos, rins e pés avaliados anualmente, bem como o coração.
Como é feito o tratamento do diabetes?
Controle do peso, dieta e atividade física são fundamentais para o controle do diabetes. Hoje, a dieta mais eficaz é a low carb. Para quem usa apenas insulina, deve-se tentar simular o funcionamento do pâncreas, com 50% de insulina de ação lenta e 50% de insulina rápida antes das refeições. Uma novidade muito interessante para quem usa insulina é a Bomba de Insulina com sensor de glicemia. Para quem tem Diabetes Tipo 2, hoje têm sido muito utilizados os inibidores da SGLT2 (dapagliflozina e empagliflozina) e análogos do GLP1 (semaglutida, liraglutida, dulaglutida), que protegem rim, coração, ajudam na perda de peso e postergam a necessidade de insulina.
Como deve ser feito o monitoramento do paciente?
Exercício e monitorização regular da glicose com sensor ou ponta de dedo são imprescindíveis. Hoje, com acompanhamento médico regular, dificilmente seu diabetes será problema, pois existem muitos excelentes e acessíveis tratamentos. Agende com um endocrinologista!