Minas no Foco

Em primeiro depoimento, acusados de desvios de recursos públicos em Araxá ficam calados

Agora, Polícia Civil e MPMG estudam a necessidade de prorrogar as prisões temporárias, que vencem neste sábado

Por Caio Ranieri

Terminou agora a pouco o primeiro depoimento das cinco pessoas presas em Araxá, nesta semana, pela Operação Malebolge e eles usaram a prerrogativa legal de permanecerem calados. Em entrevista coletiva, o Delegado Renato Alcino, que comanda as investigações disse os advogados alegaram que não tiveram ainda acesso a investigações.

De acordo com Alcino, tudo tramita em segredo de justiça. “Desde ontem os advogados sabiam dessa condição, que precisavam desta determinação. Ontem ainda eles conseguiram essa determinação e hoje pela manhã poderiam ter feito essa consulta”, explica. A oitiva foi acompanhada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), na presenta dos Promotores de Justiça, Doutor Marcus Paulo e Doutor Márcio Oliveira.

Doutor Renato ressaltou que o segredo de justiça é uma ferramenta usada para evitar que fases da investigação possam vazar e assim, essas informações em domínio público, possa prejudicar os trabalhos de investigação das autoridades policiais. “Situações como essa, de crimes complexos, organizações criminosas imbricadas, nós temos que ter algumas cautelas e o segredo de justiça serve para isso”.

Nenhum fato novo surgiu nessa primeira oitiva realizada nesta tarde (13), mas o Alcino conta que o inquérito tem profundidade grande e eles esperam que os investigados se defendam dos fatos. “A gente está seguro, temos material comprobatório suficiente para continuar a investigação”.

O delegado responsável disse ainda: “Colhemos algumas informações das pessoas que estavam lá, vamos analisar esse tipo de comportamento deles, o que foi por nós sentido com relação aos investigados, para que hoje ainda, a gente decida sobre a prorrogação ou não da prisão temporária”. A prisão temporária dos cinco acusados vence no sábado. Objetivo de prorrogar a prisão temporária é evitar que eles possam influenciar no processo.

Ações

Desde o dia da operação, novas ações, com apoio do Ministério Público foram realizadas. Outros dois bens imóveis foram identificados e bloqueados, além de mais dois veículos. “É evidente que conforme a gente vasculhe a documentação, podem surgir outros nomes e nós temos que fazer a verificação, com muita cautela, muito cuidado, mas temos que identificar outras pessoas eventualmente envolvidas”, ressalta Renato Alcino.

Sobre o afastamento do Secretário de Ação Social, Moisés Cunha, o delegado explica que o pedido foi feito à Justiça e a Prefeitura de Araxá já foi notificada do caso e dos motivos alegados para a solicitação. O Poder Executivo ainda não se manifestou à Polícia Civil se vai realizar algum tipo ação neste caso. Nenhuma nota foi enviada pela Prefeitura desde a primeira ação da Polícia Civil de Minas Gerais no começo desta semana.

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