Trabalho é permanente e requer acompanhamento contínuo dos adolescentes
Existe limite no processo de desenvolvimento de um ser humano? Até que ponto o amor, a proteção e uma base familiar sólida impactam a infância e a juventude de uma pessoa? Inúmeras histórias de vida são alteradas diariamente, seja por negligência familiar, abandono ou vulnerabilidade social. E na cabeça dessas crianças e adolescentes ecoam histórias, sonhos, projetos e desejos que se resumem em uma única realidade: ter uma família que os ame.
Com objetivo de promover o amparo de indivíduos com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, a Fundação da Criança e do Adolescente de Araxá (FCAA), em parceria com a Administração Municipal, intensifica os cuidados com o futuro de crianças e adolescentes institucionalizados.
“Estamos participando de todas as ações junto ao Ministério Público, Justiça da Infância, equipe técnicas das instituições, enfim, todos os atores da rede de proteção à criança e adolescente em busca do melhor para o futuro de cada um deles”, explica a presidente da fundação, Taciana Almeida.
De acordo com ela, o trabalho é permanente e requer acompanhamento contínuo dos adolescentes. “Já tivemos e temos acolhidos que completaram os 18 anos, se ele tem família ou padrinho afetivo intensificamos a tentativa de reconstruir esses contatos. Quando não é possível, continuamos acompanhando e mantendo esse jovem, com apoio da Secretaria Municipal de Ação Social, na busca da inserção no mercado de trabalho, até que ele consiga caminhar sozinho”, explica Taciana.
A FCAA fornece apoio e estrutura necessária para o acolhimento institucional de crianças e adolescentes que são encaminhadas pelo Conselho Tutelar e Vara da Infância e Juventude.
“É um lugar de proteção e tentamos oferecer o melhor amparo para eles. Prezamos para que os acolhidos tenham sua convivência comunitária, como, ir à escola, praticar atividades físicas, passear, participar de projetos e ações”, destaca Taciana.
Os serviços funcionam na Casa Lar e na Casa Abrigo e favorecem o desenvolvimento pleno e saudável dos acolhidos, para viabilizar no menor tempo possível o retorno seguro ao convívio familiar, prioritariamente na família de origem e, excepcionalmente em família substituta, por meio de adoção, guarda ou tutela.
Ambas as instituições funcionam no mesmo endereço, mas em espaços diferentes. Cada casa tem a capacidade de acolher 20 crianças e adolescentes. Hoje, existem 11 acolhidos pela Casa Lar e 13 pela Casa Abrigo. A equipe técnica é composta por assistente social, psicólogo, advogado, pedagogo e enfermeiro.
O local tem área total de 9 mil m² e 1.695 m² de área construída, com quartos, berçários, salas, refeitório, cozinha, sala de escritório e sala para trabalho para Assistência Social e Psicólogos. Além disso, conta com um espaço lúdico para o acolhimento com uma extensa área verde, parquinho, brinquedoteca e um amplo estacionamento. E também fornece as refeições e o atendimento psicossocial.