Dra. Keyla Sá destaca os fatores de risco, mecanismos de proteção e tratamentos disponíveis
A incontinência urinária (IU) é uma doença muito comum entre as mulheres com consequências importantes não só na qualidade de vida, mas também na sociedade na qual elas estão inseridas. Entre aquelas mais jovens, a gravidez e o parto têm sido considerados como os principais fatores de risco para o desenvolvimento da IU. “Ela é caracterizada pela perda involuntária de urina em decorrência de uma disfunção da bexiga ou do mecanismo do esfíncter da uretra, que é a estrutura corresponsável pelo controle da saída da urina pela paciente”, explica a médica ginecologista Keyla Cristina de Oliveira Sá.
Considerada uma epidemia mundial silenciosa, a IU representa hoje o terceiro maior problema de saúde pública, ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares e oncológicas. “Cerca de 20% a 30% das mulheres têm incontinência urinária e durante a gravidez esse percentual pode subir para 30% a 75% dos casos, permanecendo em 6% a 30% das mulheres no período puerperal (pós-parto). Em torno de 16% das pacientes submetidas ao parto cesárea e 21% das pacientes que evoluíram para parto normal podem apresentar esta intercorrência”, alerta.
Fatores de risco
Entre os fatores de risco para a doença estão:
- pacientes com mais de uma gestação,
- obesidade e/ou ganho excessivo de peso na gestação,
- presença de fetos grandes (com peso acima de 4kg),
- tipo de via de parto,
- sedentarismo,
- idade materna avançada (gestantes com mais de 35 anos),
- constipação intestinal,
- e partos difíceis, com período expulsivo prolongado.
Mecanismos de proteção
Algumas medidas que promovem melhorias no estilo de vida, como atividade física regular com fortalecimento da musculatura perineal, dieta equilibrada com manutenção de um peso corporal saudável e assistência adequada ao trabalho de parto, realizado em ambiente hospitalar, com presença de equipe treinada e engajada e com medidas de proteção ao períneo podem ser mecanismos de proteção.
Tratamento
O tratamento para a IU pode ser cirúrgico (usando telas como o Sling e/ou com reconstrução da anatomia pélvica) ou conservador. “Nestes casos ele ocorre através do uso de medicamentos que atuam na musculatura da bexiga ou ainda via abordagem fisioterapêutica, onde se utilizam recursos como treinamento da musculatura do assoalho pélvico (com exercícios de Kegel), os cones vaginais, o biofeedback e a estimulação intravaginal, com o objetivo de restaurar a força e a função desta musculatura, cujos resultados mostram melhora significativa de até 85% dos sintomas urinários”, ressalta Dra. Keyla.
Unimed Araxá
A Unimed Araxá atua na região há 32 anos. Tem atualmente 200 médicos cooperados das mais diversas especialidades, com aproximadamente 25 mil clientes, 650 empresas contratantes nas cidades de Araxá, Ibiá, Campos Altos, Perdizes, Pedrinópolis, Tapira e Pratinha, além de atender cerca de 15 mil beneficiários de intercâmbio.
Desde 2017 a Unimed Araxá tem seu hospital próprio, que conta com o que há de mais moderno e eficiente na área e que também integra um Centro de Diagnóstico por Imagens e um moderno laboratório de análises clínicas. Mais recentemente inaugurou sua Clínica Multidisciplinar que tem atendimento exclusivo de profissionais como psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Junto ao prédio central, oferece ainda equipe integrada e programas de saúde voltados à melhoria de qualidade de vida, promoção da saúde e prevenção de doen& ccedil;as no Espaço Viver Bem.
A rede credenciada de serviços é composta ainda por seis hospitais, 15 laboratórios, 33 clínicas, além de aproximadamente 300 colaboradores de forma direta.