Espetáculo foi apresentado à comunidade neste final de semana, por atores da cidade
Uma viagem no tempo através da expressão da arte. Setenta e cinco minutos de espetáculo recontaram a história de Anna Jacintha de São José, mais conhecida como Dona Beja, no sábado (18), no Tauá Grande Hotel, em Araxá, Alto Paranaíba.
Entre as primeiras e últimas fileiras do teatro, olhares atentos se misturavam as sonoras gargalhadas dos espectadores. No palco, um cenário simples e muitas cores foram os elementos utilizados na peça Dona Beja – O mito entre tapas e beijos. A obra revive algumas passagens inusitadas da importante personagem que levou o nome de Araxá para o mundo, com boa dose de humor.
“Esse jeito que usamos de contar uma coisa séria, de um jeito engraçado, que fica mais fácil o entendimento, acaba emocionando porque é mais próximo do cotidiano das pessoas. No grupo, nós brincamos que unimos todos os mitos e inventamos o nosso. Mas é exatamente para construir um enredo gostoso e leve”, explica a atriz Jeicinely Maike Gomes, que interpreta a protagonista da história.
A montagem durou três meses e estreou em junho deste ano. O projeto atende um pedido da direção do Tauá Grande Hotel, que queria um espetáculo para os hóspedes, e o desejo do Núcleo Fratelo de Pesquisas Cênicas, antigo Grupo de Teatro Fratelo, e do Grupo Teatro de Arak, formado pelos atores mais velhos da companhia. Dessa vez, aproveitaram para convidar a comunidade local, para conhecer o trabalho.
“Tentamos fazer essa abertura para que as pessoas possam conhecer o trabalho do grupo e também para os araxaenses conhecem quem foi essa mulher. Porque nós percebemos que muitas vezes, o próprio cidadão desconhece essa história. Elas ouvem falar, mas não sabem o que ela fez e foi. Então nossa ideia é sensibilizar a população”, conta o diretor, Josceleno Donizete.
Assentados nas poltronas do Cine Teatro Tiradentes, a plateia assistiu animada a apresentação até os instantes finais. E quem destinou alguns minutos do final de semana à cultura, aprovou o que viu, como no caso da técnica em enfermagem, Maria Ângela Alves de Souza. “Foi muito divertido, maravilhoso. Porque ouvimos sobre a Beja na novela, mas aqui foi muito mais interessante acompanhar ao vivo”.
Já o militar, Fábio Lima, contou que conseguiu decifrar quem foi o mito. “Eu não conhecia a história, apenas o nome. Foi bem interessante porque nem vi o tempo passar e ainda aprendi sobre a personagem”.