Novo local que abriga um recorte da história e cultura da cidade foi escolhido visando principalmente a economia financeira
Logo no início da avenida Vereador João Sena, em um espaço de 1.163 m², uma construção da década de 50 de arquitetura com traços que remetem ao Grande Hotel do Barreiro. A imponente casa histórica agora abriga o Museu Calmon Barreto e o Memorial de Araxá.
A inauguração do novo espaço cultural foi feita pelo prefeito Robson Magela, pelo vice-prefeito Mauro Chaves, pela presidente da Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB), Cynthia Verçosa e pelo deputado estadual Bosco.
De acordo com Mauro, o novo local que abriga um recorte da história e cultura da cidade foi escolhido visando principalmente a economia financeira. “Com o término do contrato dos antigos imóveis que abrigavam o museu e o memorial, havia a previsão de reajuste do aluguel. A Cynthia trouxe essa proposta de reunir os dois acervos em um só lugar, em um imóvel em que a locação é em um valor inferior”, explica.
Cynthia explica que foram pesquisados vários imóveis na cidade. O intuito, diz ela, era encontrar um espaço que proporcionasse uma experiência não só com o acervo exposto como também com o próprio espaço. “Foram 10 meses de trabalho que envolveu a pesquisa da casa, tirar o acervo de todos os ambientes onde estavam, armazenar, catalogar, transportar e pensar em cada detalhe na escolha de onde seria exposto”, explica.
Em cada cômodo, um monitor enriquece a experiência do visitante com um pouco da história de um quadro ou escultura de Calmon Barreto, principal artista araxaense. Como o quadro acima da lareira da sala principal: em baixo-relevo em gesso patinado, “Batalha dos Guararapes”, que foi premiado em 1939 com Medalha de Ouro no Salão Nacional de Belas Artes. Também, em posição de destaque na antiga residência da família Abreu e Aguiar, o quadro Dona Beja retrata Anna Jacintha de São José, outra figura importante à frente dos padrões da mulher da sociedade de sua época.
Também é possível encontrar objetos pessoais de personalidades ilustres que fizeram parte da cidade e que hoje são conhecidas nos principais logradouros de Araxá: O estetoscópio de Dr. Edmar Cunha, a batina do Padre Alaor, seringas do Dr. Pedro Pezzuti, entre tantos outros.
Na parte externa, no quintal da casa, um imenso jardim com Palmito Jussara, Palmeira Areca, Palmeira Imperial e paredes encobertas por jiboias e outras plantas trepadeiras. “O jardim ficará aberto para apresentações de música, dança e exposições ao ar livre. No ano que vem vamos abrir um chamamento público para concessão do direito de explorar o espaço onde funciona a garagem. A ideia é ter aqui um café, onde as pessoas podem se reunir depois de um tour cultural”, explica Cynthia.
O prefeito Robson Magela destaca a honra de a primeira inauguração da gestão ser de um equipamento cultural, na véspera do aniversário da cidade. “Como eu sempre digo, a nossa gestão é voltada às pessoas, aos araxaenses. Valorizar as pessoas também inclui valorizar nosso passado. E esse novo espaço cumpre muito bem esse papel. O espaço reúne um pouco da nossa história que nos enche de orgulho e ainda oferecemos uma experiência única aos visitantes e turistas que passam pelo imóvel histórico”, ressalta.