Vice-prefeito Sandro Ângelo recebeu equipe técnica do Pronascentes no Unipam
Foi realizada em Patos de Minas, no Alto Paranaíba, reunião com o gestor do projeto socioambiental do Café Patense, Sandro Ângelo de Andrade e equipe do Pronascentes, a bióloga Geize Soares e o diretor Meio Ambiente, Civuca Costa, para reativação das atividades que estão paralisadas desde 2007. Para elaboração do projeto foi realizado um amplo diagnóstico realizado pela Emater com as comunidades de Café Patense e Baianos.
Os dados levantados foram obtidos por meio de entrevistas a usuários da microbacia em reuniões cuja prioridade era o debate dos problemas ambientais e levantamentos técnicos. De acordo com informações repassadas já foram realizadas as seguintes ações: cercamento de nascentes, construção de bolsões e melhoria das estradas vicinais.
As parcerias envolvidas no lançamento do projeto com o título, recuperação e preservação de micro-bacias formadoras dos afluentes mineiros do rio São Francisco, contam com a participação da Adesp, Emater, IEF e Prefeitura Municipal de Patos de Minas.
Na época, o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico – Adesp era o atual vice-prefeito de Patos de Minas e coordenador do Curso de Ciências Contábeis, Sandro Ângelo.
A linha de ação do programa é a proteção e uso sustentável dos recursos Naturais. O objetivo geral é desenvolver ações para a melhoria da qualidade de vida da população local considerando a necessidade de desenvolvimento socioeconômico das famílias por meio do Manejo Integrado de Micro-bacias, o qual deverá ser o meio de planejamento para todas as atividades na comunidade.
O projeto traz em seus objetivos específicos: melhorias na qualidade e quantidade da água na microbacia / manejo adequado de pastagens / uso adequado e conservação do solo / destino correto do lixo e dejetos / educação ambiental promovida / mata ciliar recuperada e preservada / nascentes protegidas / uso adequado de agrotóxicos / estradas vicinais conservadas e saneamento rural melhorado.
Na justificativa do projeto constatam-se que a região da sub-bacia das Posses ao longo dos anos tem explorado atividades econômicas de bovinocultura, cafeicultura, lavoura de milho, maracujá e feijão, nota-se um verdadeiro “extrativismo” principalmente na pecuária, onde pastos formados há vinte anos tem sido explorados com superpastejo, sem receber se quer alguma adubação de cobertura ou calagem resultando em pastos degradados, queda do rendimento econômico e erosões.
O quadro ambiental apresenta ainda problemas de desmatamento indiscriminado em determinadas áreas, nascentes desprotegidas, destruição de matas ciliares, destino incorreto de resíduos, dejetos e restos de animais. A população necessita de maiores conhecimentos em preservação ambiental, em uso adequado de agrotóxicos e algumas estradas estão mal localizadas ou em estado precário de conservação. Todos esses fatores se correlacionam acelerando os processos de erosão, assoreamento, perda de fertilidade do solo e contaminação das fontes de água.
A água é o resultado do que acontece na bacia e o percentual dessa que é captado para a utilização é de 70% para o uso na agricultura, 20% para uso industrial e 10% para uso doméstico. Portanto, muitas vezes a agricultura é vista como a vilã no consumo da água, entretanto o meio rural é o setor capaz de “produzir água” com o menor custo, pois a maior área de recarga dos lençóis está no meio rural. Se o produtor conseguir reter a água que cai na sua propriedade, infiltrando-a para o “reservatório da humanidade” que são os lençóis freáticos e artesianos, o maior benefício será para a comunidade. Sendo assim, toda a comunidade é co-responsável para que o produtor rural tenha êxito e a agricultura sustentável é parte da solução e não somente o maior consumidor de água, resume o texto final do Projeto Ambiental do Café Patense.
A bióloga e coordenadora do Pronascentes Geize Soares, relatou na última reunião do Codema sobre dois projetos ambientais que estão em andamento. O primeiro foi protocolado há cerca de um mês no Fundo Casa da Caixa Econômica Federal, intitulado Pentáguas do Canavial, o qual visa aquisição de recursos para a recuperação de 5 nascentes na microbacia do Córrego Canavial e está inserido na linha de ação Mudanças Climáticas, no valor de 30 mil reais. O segundo versa sobre a reativação do Projeto do Fhidro (Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas de Minas Gerais), nas micro-bacias dos córregos de Posses e Café Patense. Esse projeto foi interrompido há 8 anos e recentemente, o Prefeito Municipal, Pedro Lucas Rodrigues autorizou as parcelas de contrapartida financeira por parte do Município para dar continuidade ao mesmo.
“Esta é mais uma grande conquista e ganho ambiental para a cidade e região. A reativação do Projeto do Café Patense é importante para o fortalecimento de outros programas em defesa de nossos recursos hídricos e recursos naturais que constituem o nosso ecossistema”, destaca Civuca Costa, diretor de Meio Ambiente de Patos de Minas.
Ascom Prefeitura de Patos de Minas