Minas no Foco

PC apresenta homem acusado de espancar criança de dois anos até a morte

Suspeito confessou as agressões contra a criança por conta do choro da menina, que o estava incomodando

Foto: Diário de Araxá

Por Caio Ranieri

A Polícia Civil de Araxá, no Alto Paranaíba, apresentou na tarde de quarta-feira (19), numa coletiva de imprensa, o homem acusado de espancar uma criança de dois anos até a morte, no Bairro Bom Jesus, Setor Norte da cidade.

Ueric Gabriel Dias da Cruz, de 20 anos, confessou o crime, que aconteceu na noite de terça-feira (18). Ele disse à Polícia, após ser confrontado com as informações obtidas pelos investigados, que agrediu a menina com socos e chutes, porque ela

estava “chorando e o incomodando”.

A menina, Vitória Silva Rodrigues, deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento Municipal (UPA), já sem vida. O Delegado Regional da Polícia Civil em Araxá, Victor Hugo Heisler, conduziu a coletiva para a apresentação do acusado. Segundo ele, a versão inicial de Ueric foi contestada a partir da perícia no Instituto Médico Legal (IML) no corpo da criança.

Foto: Diário de Araxá

“A partir da perícia, da necropsia, constatou -se que a versão do suspeito não se confirmada. Ele alegou que a criança havia se engasgado. Na necropsia constatou que ela estava com estômago vazio, as vias respiratórias estavam desobstruídas e ainda, que a criança tinha lesões em todo corpo. Hematomas, costela quebrada, lesões no fígado, rins, pulmões e que ela havia ido a óbito por conta de uma hemorragia interna”, explicou.

A mãe de Vitória está presa por tráfico de drogas e ela morava com o pai. No dia do fato, a criança foi levada pelo pai para a casa de uma tia materna, onde Ueric reside. A tia saiu de casa e a menina ficou sozinha com o rapaz, quando então aconteceu a agressão. Ueric é conhecido da PM por envolvimento com drogas.

“Ele tem várias passagens por tráfico, desde que era adolescente”, afirmou Heisler. Foi pedida a prisão preventiva do acusado por 30 dias. Ele está sendo indiciado por homicídio qualificado, com pena de 12 a 30 anos de reclusão. As investigações prosseguem para descobrir se há mais atenuantes contra o acusado.

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