Um dos casos, por exemplo, revela crime de extorsão da vítima pela internet
Por Caio Ranieri
A Polícia Militar de Araxá, no Alto Paranaíba, foi acionada por uma vítima. Ela é proprietária de uma loja de móveis usados. Segundo ela, dias atrás, um casal realizou a compra de móveis e eletrodomésticos em sua loja e tentou pagar a compra no cartão de débito, porém o cartão constava como bloqueado. Como o cartão não funcionou o suposto cliente se comprometeu a realizar um depósito bancário em envelope no caixa eletrônico para quitar o valor das compras.
Após o depósito a vítima fez a entrega dos móveis no endereço do casal. No dia seguinte constatou na agência bancária que o envelope usado para realizar o pagamento estava vazio, percebendo então que havia caído em um golpe. A vítima retornou ao endereço onde os móveis foram entregues, contudo, constatou que o casal já havia se mudado para outro endereço.
No mesmo dia, a PM foi acionada por uma outra vítima que relatou que é corretora de imóveis. A pessoa contou que alguns dias atrás um homem lhe procurou querendo comprar um imóvel no Bairro João Bosco Teixeira. Após ver o imóvel, o suposto cliente disse que iria comprá-lo à vista. Ele então pediu à vítima certa quantia em dinheiro para ir de táxi à cidade de Uberaba, onde era correntista, para fazer a transferência bancária para a conta da corretora. A vítima repassou o valor ao suposto cliente. Após o fato, o homem não fez mais nenhum contato e a vítima percebeu o golpe.
Depois a Polícia Militar de Araxá foi acionada por uma vítima que relatou ter visto dias atrás um anúncio pelo Instagram de um celular Iphone 11 e se interessou pela oferta. A vítima então procedeu à compra do aparelho e realizou dois depósitos bancários na conta bancária da suposta empresa. Logo após concretizar a compra, a vítima percebeu que havia caído em um golpe de estelionato, pois foi bloqueada no Instagram e WhatsApp pelo suposto vendedor do celular.
Horas mais tarde a Polícia Militar foi acionada por uma vítima de 51 anos, que relatou que conversou com uma mulher pela rede social Facebook durante aproximadamente três semanas e ambos trocaram fotos íntimas. Após a troca de fotos, ele começou a ser extorquido por um suposto autor, que ameaçava de publicar suas fotos na internet. Durante toda a ação dos golpistas, a vítima relatou que fez diversos depósitos em várias contas bancárias. Depois disso, resolveu registrar um boletim de ocorrência para providências.