Qualquer descuido pode deixar a compra muito mais escura do que a Sexta Feira Especial
Acontece no dia 27 de novembro em diversas partes do mundo, a chamada Black Friday, nos mais variados tipos lojas. Sexta feira Negra, na tradução, é a mega promoção dos varejistas. Nos Estados Unidos, acontece após o feriado de Ação de Graças.
O evento tem duração de 24h e tem como finalidade renovar os estoques para as vendas de final de ano, sendo para o consumidor, uma boa oportunidade para adiantar as compras de Natal. No Brasil, ao contrário dos EUA, o Black Friday apresenta ofertas e descontos em grandes lojas do e-commerce, que abrangem desde eletrônicos a companhias aéreas e concessionárias de veículos.
Os descontos podem chegar até a 80% do valor original, mas, infelizmente, muitos sites se aproveitam do evento para enganar os consumidores. O alerta vem do Programa de Defesa do Consumidor (Procon) em Araxá, no Alto Paranaíba. A Secretária Executiva do órgão, Belma Nolli, lembra que toda informação passada ao consumidor através de publicidade, torna-se obrigação e deve ser cumprida pelos lojistas e fabricantes.
“Os direitos do consumidor valem também na Black Friday e nas compras feitas pela internet, quando o fornecedor estiver estabelecido no Brasil. Como a compra é feita fora do estabelecimento comercial, o consumidor tem o direito de se arrepender da compra em até sete dias da data do recebimento da mercadoria”, explica.
Segundo nota enviada pelo órgão, além da “maquiagem” dos preços, as maiores queixas após as compras do Black Friday são de produtos não entregues, demora na entrega, produtos trocados ou danificados e de baixa qualidade. Para que o consumidor e sua compra não fiquem no escuro da Black Friday, o Procon dá algumas dicas.
1 – Pesquise preços pelo menos duas semanas antes da promoção em sites distintos para ter uma boa base de comparação, levando em consideração o que procura de verdade e não se deixando levar por impulso.
2 – Cadastre-se nos sites das lojas confiáveis que vão participar do Black Friday.
3 – Só compre em sites idôneos e desconfie de preços muito abaixo do preço médio praticado no mercado. Verifique se o site possui reclamações formalizadas contra ele nos órgãos de defesa do consumidor. No site deve constar o endereço físico da loja, telefone para contato, email, razão social e CNPJ. Verifique, ainda, se aparece um cadeado na barra de endereços que evita o vazamento de dados durante a transação. Entre no site da Receita Federal e confira a se a situação cadastral do e-commerce não aparece como baixada, cancelada ou inativa.
4 – Não clique em email de promoções, mesmo que seja de lojas conhecidas. Prefira acessar as páginas dos fornecedores e buscar pelo produto que você se interessou. Cuidado, também, com as ofertas e vales-presentes recebidos por SMS, WhatsApp e Instagram. Os perfis pode ser falsos.
5 – Leia o site atentamente. É comum que algumas lojas mudem as políticas de troca e devolução dos produtos em promoção. Por isto, verifique se o site contém informações sobre a política de troca e devolução de produtos, prazos de entrega, formas de pagamento. Se tiver alguma dúvida, entre em contato com a loja. Fique atento às frases escritas no rodapé da página.
6 – Guarde toda documentação relacionada com a compra, como emails trocados, número do pedido, recibos, notas fiscais, números de protocolos, dentre outros. Esses documentos serão de extrema importância para resolver qualquer problema que surja.
7 – Exija a Nota Fiscal e o Termo de Garantia dos produtos eletrônicos e eletrodomésticos.
8 – No momento da compra evite os horários de pico (meia-noite, meio-dia e após às 18h). Nesses horários os sites poderão estar congestionados e a conclusão da compra pode não se efetivar.
9 – Elabore uma lista de desejos e não compre por impulso para não exceder seu orçamento e se endividar.
10 – Denuncie as irregularidades e ofertas falsas.
C/ Ascom