Minas no Foco

Projeto Agenda Comum Intersetorial debate a violência contra mulher

Em oficina, foi divulgada implantação do Plano de Atenção à Mulher em Araxá

Da Redação

Há registro de pelo menos cinco casos por semana de algum tipo de violência contra a Mulher, segundo boletim de ocorrências enviado pela Polícia Militar. Número que pode ser reduzido com a aplicabilidade de programas e a intensificação de ações na cidade. Esse trabalho foi iniciado numa palestra no Tribunal do Júri no Uniaraxá, no Alto Paranaíba.

A palestrante, e uberlandense, Claudia Guerra é uma das fundadoras da ONG SOS Mulher Família, fundada em 1997. A instituição tem como um dos objetivos capacitar profissionais para evitar a violência institucional e desenvolver ações educativas e preventivas para minimizar os casos, com auxílio de parceiros. Em Araxá o trabalho foi iniciado esta semana em uma oficina com representantes de órgãos que trabalham em combate a redução dos números na cidade, como o Instituto Foco e a Polícia Militar.

“Em Uberlândia ele tem o nome de PAM, Patrulha de Atendimento Multidisciplinar. é um atendimento voltado para a mulher que é vítima de violência doméstica e a equipe formada por policial, advogado, assistente social e psicólogo faz visitas tentando mediar o conflito. Isso a curto prazo será realizado aqui”, conta Major Fernando Reis.

O Projeto Agenda Comum Intersetorial aconteceu em Araxá com a oficina ‘Metendo a Colher na Violência à Mulher’. Entre os assuntos abordados nesse início do trabalho no município a palestrante abordou conceitos sobre a violência intra-familiar, histórico da violência conjugal e de gênero, através de dados estáticos.

“Na ONG registramos por ano dois mil novos casos, isso sem contar os que já estão sendo trabalhados, porque tem alguns que ficam até um ano. Ou seja, duas mil novas famílias em Uberlândia sofrem por algum tipo de violência seja específica contra a mulher ou contra a família como um todo, os filhos ou idosos”, explica Claudia Guerra.

A violência conjugal e familiar é a raiz de todas as outras violências e para isso é preciso articular uma rede de enfrentamento. “Nós sabemos que já existe um trabalho direcionado, só que ele está fragmentado, para essa questão da violência contra a mulher. O que nós buscamos hoje é juntar as instituições para que seja feito um trabalho mais efetivo e nós consigamos reduzir esse problema”, relata o Major da PM.

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