A estrutura revitalizada vai valorizar os elementos arquitetônicos do imóvel
A reforma da sede da Fundação Cultural Calmon Barreto (FCCB) já está 75% executada. Os trabalhos de reparo estão dando cara nova ao prédio inaugurado em 1926. A conclusão da obra está prevista para junho.
A manutenção é a maior já feita no local. Dentre os serviços já executados se destacam a instalação da rede de água e esgoto; estruturação da captação e escoamento pluvial; troca do telhado, forro e madeiramento; reforço na estrutura das platibandas com ornamentos vazados; aumento de tomadas e pontos de rede e nova instalação elétrica.
De acordo com a presidente da FCCB, Cynthia Verçosa, a estrutura revitalizada vai valorizar os elementos arquitetônicos do imóvel. “O prédio da Fundação Cultural Calmon Barreto é quase centenário e precisava dessa manutenção. Os problemas estruturais eram muitos e se intensificaram com os períodos chuvosos”, diz.
“Com a obra, buscamos a valorização e preservação da história de Araxá, proporcionando mais segurança aos funcionários e garantindo uma estrutura para recebermos projetos que vão fomentar a cultura de Araxá. Já temos, inclusive, uma agenda com grandes eventos previstos”, acrescenta Cynthia.
As cores escolhidas, tons de azul e branco, vieram de uma representação pictórica, realizada em uma tela do artista araxaense Maximiliano Rocha – que dá nome ao Teatro Municipal. “Por ser um patrimônio tombado, tivemos o cuidado para não interferir no imóvel, preservando toda a fachada e elementos que compõem a sua estrutura”, complementa a presidente da FCCB.
A obra, que já tem 75% da previsão inicial executada, está na fase final. Atualmente, estão sendo realizados serviços como instalação de sanitários, pias e revestimentos em banheiros e cozinha; instalação de janelas, portas, molduras e portais e pintura das áreas externas.
Histórico
Com uma área de edificação de 1.008 m², o prédio da Fundação Cultural Calmon Barreto começou a ser construído em 1922 para abrigar uma estação ferroviária. As obras foram concluídas em 1926, quando a Estrada de Ferro Oeste de Minas inaugurou na cidade seu terminal de cargas e passageiros.
O prédio possui diversas referências do estilo neoclássico: colunas com detalhes toscanos, três frontões, duas torres decorativas (sendo uma mais alta, onde está instalado um relógio), entre outros elementos.
No primeiro momento, o local funcionou como terminal de cargas e passageiros e, depois, somente de cargas. Em 1982, a expansão da cidade exigiu a construção de outra estação fora do perímetro urbano, sendo, então, desativado o trecho que atravessava a cidade e a Estação Ferroviária.
Em 8 de fevereiro de 1985, foi assinado um Termo de Comodato, onde no mês seguinte a sede da Fundação Cultural Calmon Barreto passou a funcionar no espaço. O termo se manteve até 18 de março de 1988, quando o prédio passou a ser propriedade definitiva do Município. Já em 28 de dezembro de 1990, o local foi tombado pela Lei Municipal nº 2.411.