Minas no Foco

Seapa realiza campanha de recolhimento de embalagens de agrotóxicos

Ação será em Três Corações, no Sul de Minas, entre 3 e 6 de dezembro

A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com suas vinculadas Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Emater e Epamig, vai realizar, de 3 a 6 de dezembro, em Três Corações, campanha de recolhimento de embalagens de agrotóxicos. A ação tem como objetivo promover a conscientização de agricultores, estabelecimentos comerciais e cooperativas quanto ao descarte ambientalmente correto dos recipientes.

A abertura será na próxima terça-feira (3/12), às 14h, no auditório da Universidade Vale do Rio Verde – Campus Três Corações. Durante a programação, serão apresentadas práticas de fomento à agricultura sustentável; o uso de agrotóxicos no estado, abordando fiscalização, aplicação correta e destinação de embalagens; dados de recolhimento da central de Três Pontas; e procedimentos adotados pelas revendas.

“A ideia é promover um momento de junção para a defesa agropecuária, porque entendemos que a conscientização e a educação caminham juntas com a fiscalização e o controle, por meio da educação sanitária. Enxergamos essa sinergia como garantia para o desenvolvimento rural sustentável”, destaca o superintendente de Desenvolvimento Agropecuário da Seapa, Rodrigo Carvalho Fernandes.

Como parte da ação, será montado no Parque de Exposições do município um ponto para recebimento de embalagens devidamente higienizadas e inutilizadas e de produtos vencidos. A ação também será realizada em Lavras, onde a Cooperativa Agrícola Alto Rio Grande (Caarg) receberá os recipientes dos produtores do município e de cidades vizinhas.

Segundo Fernandes, esta é também uma oportunidade para prestar esclarecimentos aos produtores e à sociedade sobre o uso de agrotóxicos. “O agrotóxico é uma tecnologia essencial para manejar pragas, doenças e plantas espontâneas que acometem a nossa agricultura. O debate e o esclarecimento de informação junto ao setor produtivo, a partir de estudos técnico-científicos, é sempre oportuno e imprescindível para a promoção do desenvolvimento sustentável”, pontua.

Minas Gerais possui 11 centrais e mais de 50 pontos de recebimento de embalagens de agrotóxicos em diferentes regiões. Estes postos funcionam durante todo ano e recebem os vasilhames de produtores e revendedores. As centrais são responsáveis por encaminhar o montante recolhido para a indústria de reciclagem e reaproveitamento. Atualmente, o Estado coleta mais de 90% dos recipientes.

Tratamento

A responsabilidade pela destinação ambientalmente adequada do resíduo é compartilhada entre agricultores, comércio, indústria, instituições públicas e privadas. Essa cadeia é o mecanismo que garante o cumprimento da logística reversa de embalagens de agrotóxicos, prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos. A campanha itinerante de recolhimento promovida pela Seapa integra esta diretriz, desenvolvida desde 2002.

Devolução

Para devolver as embalagens vazias, os produtores precisam realizar a lavagem tríplice dos recipientes. O primeiro passo é esvaziar completamente o conteúdo no tanque pulverizador; adicionar água limpa até ¼ do seu volume; tampar o vasilhame e agitá-lo durante 30 segundos; despejar a água no tanque pulverizador e repetir esta operação por mais três vezes. Após o procedimento, a embalagem deve ser inutilizada com perfuração no fundo. O passo a passo da tríplice lavagem e outras informações sobre o uso de agrotóxicos estão disponíveis no site do IMA.

Ao chegar às centrais, os recipientes recebem destinação adequada. Algumas embalagens passam pelo processo de reciclagem, retornando para o mercado como novos vasilhames. Em outros casos, são utilizadas como matéria-prima na fabricação de artefatos para a construção civil, como conduítes, tubulações, dentre outros produtos. Os reservatórios considerados inutilizáveis são encaminhados para a incineração.

Registro

Para estar apto para comercialização e utilização no estado de Minas Gerais, o agrotóxico precisa ser registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e no IMA, além de passar também por aprovações dos ministérios da Saúde, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e do Meio Ambiente, por meio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“O processo de registro assegura não só a eficiência agronômica, como a classificação e impactos toxicológicos e ambientais. Caso haja alguma inconformidade, o agrotóxico é sumariamente reprovado”, explica Rodrigo Fernandes.

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