Alunos fazem trabalho voluntário em troca da vivência médica
Alguns estudantes de medicina têm aproveitado o recesso em suas universidades para acompanhar os atendimentos médicos no centro de saúde de Tapira. A Secretaria de Saúde abriu as portas para esse trabalho que é totalmente voluntário por parte dos estudantes, oferecendo assim a vivência das rotinas médicas.
Devidamente paramentados e obedecendo todos os protocolos de segurança, a experiência de acompanhar profissionais experientes agrega conhecimento aos estudantes através de práticas cotidianas que unem o trabalho social e humano e contribuem para a formação de profissionais capacitados para o atendimento médico.
Recentemente foi votado e aprovado na Câmara Municipal de Tapira o Projeto de Lei encaminhado pela Prefeitura que valida o “Programa Estudar para Cuidar”. Destinado à promoção do ensino superior e financiamento das mensalidades de estudantes de medicina, a lei vai oferecer bolsas de estudos aos estudantes que, após a conclusão da faculdade de medicina, devem devolver os valores através da prestação de serviços de plantões médicos de doze horas, realizados pessoalmente pelo beneficiário do programa. O programa encontra-se em vias de finalização.
A prefeita Maura Pontes, que é professora, enfatiza a importância dessas experiências para o acadêmico: “A experiência que essa vivência proporciona vai além do conhecimento teórico-prático das técnicas, induzindo o desenvolvimento de um trabalho mais humanizado, analítico das situações gerais e específico até para uma tomada de decisão imediata que influencia diretamente na vida do paciente”.
O comprometimento da atual gestão vai além de pensar em políticas de saúde a longo prazo: é também a promoção da educação, já que busca ajudar os estudantes a concluírem sua graduação, levando em consideração o custo alto da graduação, e beneficia ainda o município, porque esses docentes vão regressar a Tapira para prestarem serviços.
A acadêmica de medicina do 9º período do Centro Universitário Imepac, de Araguari, Larissa Bárbara Borges Santos, 25, que acompanhou o Dr. Márcio no pronto atendimento falou sobre sua percepção dessas vivências.
“Foi uma experiência única. Fui muito bem recebida por todos os profissionais que são muito receptivos e abertos a ensinar. Para mim foi de grande aproveitamento e conhecimento por estar acompanhando pessoas com certa bagagem e experiência. É muito enriquecedor. Porque sem a prática, só com a teoria, o conhecimento não se consolida. Sobretudo, quando isso se dá em sua cidade natal e com o acolhimento que eu tive, foi incrível!”.
Quem também tem acompanhado a rotina dos profissionais de saúde de nosso município, é o acadêmico Raphael da Silva Machado, que está em sua segunda graduação. O psicólogo e estudante de medicina da Universidade de Rio Verde/UNIRV, está no segundo período e durante os dias que está na cidade em razão do lockdown, tem presenciado os atendimentos da Central de Combate à COVID-19, que tem como responsável técnico o médico patologista clínico, Dr. Fahim Miguel Sawan.
“Este é um momento de muita aprendizagem. No hospital lido com discussões de casos clínicos e questões burocráticas. Situações que, certamente, presenciarei no decorrer de minha vida acadêmica e após formado. Agradeço à Secretaria de Saúde que me deu essa oportunidade, inclusive ao Dr. Fahim, à Pollyana, à Leandra e à administração, na pessoa da prefeita Maura, que tanto tem se empenhado na valorização dos alunos e da educação como um todo”.