A exatidão dos traços é cobrada por hora, na maioria dos estúdios
Desde a década de 1950 a tatuagem tem adeptos no Brasil. O primeiro tatuador que se tem notícia no país é o dinamarquês KnudGregersen, que desembarcou, no porto de Santos e tinha como clientes os marinheiros e boêmios da redondeza. Os desenhos escolhidos, pela maioria, eram âncoras, caveiras, corações transpassados e estrelas.
Hoje, seis décadas depois, o setor está bem moderno, com máquinas silenciosas e traços cada vez mais próximos do real. “Eu tenho dezenove, todas em locais estratégicos, e cada uma significa uma fase da minha vida. Considero a arte uma homenagem, a minha mãe no pé, meus avós, e muitos de amigos”, conta Silvia Camila.
A tatuagem hoje é considerada uma obra de arte, com isso o perfil dos adeptos também mudou, e é difícil encontrar quem não tenha pelo menos uma no corpo, mesmo que seja bem pequena. E com essa moda os preços inflacionaram. Na cidade tem cerca de sete estúdios, e o valor varia em alguns pelo tamanho do desenho e outros pela hora do serviço do profissional.
“O público vai muito de acordo com a moda, não com o desenho que realmente quer. E isso influencia na qualidade do trabalho. A tendência das tradicionais continua, que são tatoos simples remodeladas e os novos tribais. Nós, profissionais, temos que nos atualizar regularmente, não é só ter habilidade em conduzir a agulha”, explica Fabiano que tem uma média de cem clientes mensais.
E nesse mundo, uma curiosidade, as imagens eleitas para marcar o corpo não mudaram. Dois exemplos, a boa e velha caveira de pirata e o coração partido, têm saída garantida, claro que com uma repaginação do século 21. O recomendável é chegar ao estúdio com o desenho e o local em mente.