Minas no Foco

Trabalhadores da Vale Fertilizantes votam pela volta da jornada de 6×4

Eles deixaram claro em assembleia que querem o retorno do turno de trabalho

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Extração de Metais Básicos e de Minerais Não Metálicos, Indústrias e de Fertilizantes de Araxá e Tapira (SIMA), no Alto Paranaíba, realizou assembleia para votação das propostas apresentadas pela Vale Fertilizantes e pelo Sindicato referentes à jornada de turnos de revezamento. Mais de mil empregados compareceram à assembleia na sede do Sindicato, à Rua Presidente Olegário Maciel, 985, no Centro de Araxá.

A Vale Fertilizantes apresentou duas propostas, com folgas reduzidas, enquanto o Sindicato propôs a volta da jornada 6×4, na qual uma turma trabalha oito horas diárias, durante seis dias, e folga quatro. Participaram da votação 1.139 empregados, e a proposta do SIMA, teve expressiva aprovação pela grande maioria dos votos: 736, enquanto as duas propostas da Vale receberam 399 votos.

A decisão foi apresentada em audiência na Justiça do Trabalho na tarde de segunda-feira, dia 30 de março, a fim de que uma decisão seja finalmente tomada em relação à causa.

Presente a essa audiência, o procurador do Ministério Público do Trabalho sugeriu que a Vale Fertilizantes apresentasse uma nova proposta de acordo ao Sindicato, em reunião marcada para o dia 9 de abril, limitando a alteração de jornada a um período determinado, após o qual seriam retomados os turnos anteriores. Ele ofereceu a sede do Ministério Público do Trabalho, em Patos de Minas, para que as partes possam tentar nova negociação coletiva nos termos sugeridos pela justiça do trabalho.

Ainda segundo a ata da audiência na Vara do Trabalho de Araxá, “não havendo conciliação, será concedida vista ao Ministério Público e, em seguida, serão os autos conclusos para apreciação do requerimento de antecipação dos efeitos da tutela”.

“Está clara a intransigência da Vale Fertilizantes em não garantir o cumprimento do acordo coletivo que garante o direito dos seus trabalhadores. Por outro lado, o Sindicato não pode abrir mão do que já foi negociado, em defesa daqueles que trabalham em jornada de turno. O comparecimento maciço dos trabalhadores nas assembleias foi uma prova cabal da força que tem a categoria quando há o envolvimento de todos nas causas que afetam o nosso destino”, assinalou o presidente do SIMA, Vicente Magalhães de Matos.

Ascom SIMA

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